Lá vamos nós

A essa altura da história dos nossos intrépidos personagens ao longo de tantos jogos, você já deve imaginar o que vai acontecer para a aventura começar em Mario & Luigi Brothership, não é mesmo!? “Para onde os irmãos vão parar, o que eles arrumaram para chegar nesse novo lugar”, entre outras perguntas certamente já devem estar sendo processadas na sua cabeça. Bem, você não poderia estar mais correto, porque é exatamente assim que a história começa. Sem muitos spoilers, Mario e Luigi são transportados para lugar desconhecido, onde não só devem descobrir como voltar para o seu mundo, mas ajudar os simpáticos habitantes das ilhas que serão exploradas ao longo da jornada a recuperarem a energia vital que liga todas as regiões através de uma gigantesca árvore conhecida como Arbolux.

Usando uma ilha como “meio de transporte” para irem para outros lugares, a fórmula básica da Nintendo de como contar histórias está 100% no game. Algo leve, descontraído, mas sem esquecer de passar uma mensagem como pano de fundo. E tratando-se de irmãos, ligações e conexões são essenciais para que tudo dê certo ao final da aventura. E pode apostar que teremos um final feliz.
 

E como tem sido rotina nos jogos da Nintendo (nem acredito que vou dizer isso), mas o game está traduzido para o português PT-BR, o que deixa tudo ainda mais fluido e perfeito para quem pretende se aventurar nestas águas tão agradáveis e cheia de cor e vida. Mas sobre ambientação eu vou deixar para falar mais tarde.

Navegando por ilhas profundas de conteúdo

Em Mario & Luigi Brothership você escolhe por onde se aventurar através de correntes marítimas que te levam ao destino, que fatalmente será uma ilha, mas que pode ou não estar conectada à Arbolux, mas que nem por isso deixará de ser menos interessante explorá-la. É possível fazer uso de um canhão para chegar em terra firme.  A propósito, eu considero isso dos grandes trunfos do jogo, já que não tem tempo ruim seja por qual rota você traçar. Em todos os lugares que você desembarcar terão NPC’S interessantes, novos inimigos para testar suas habilidades e suculentas recompensas para que os mistérios presentes na história sejam desvendados.

A Nintendo tem um grande mérito de conseguir extrair tanta riqueza de detalhes para os personagens, que pelo menos o que eu joguei fica bem nítido que cada NPC tem o seu momento de brilhar e contar sua história para os irmãos encanadores. Estou com cerca de 18 horas e me arrisco a dizer que estou com 50% concluído.
 

Não só com os personagens secundários, mas é impressionante a capacidade que os desenvolvedores possuem de aproveitar tudo que eles têm ao seu redor e deixar algo tão simplista ser muito rico em detalhes que fazem toda a diferença. É nítido que cada mero movimento foi feito com muito carinho.

Todo o encanto do gameplay

Como um fã assumido de JRPG, estou mais do que acostumado com jogos que oferecem combates por turnos. Não é algo que enxergo com desconfiança ou coisa do tipo. Só que em Mario & Luigi Brothership a Nintendo consegue brilhar mais uma vez e deixar algo tático com muita ação e dinamismo, me questionando até mesmo sobre o rótulo de combate por turno.

Aqui, você pode defender em tempo real e até mesmo contra-atacar, bastando apenas apertar os botões no tempo certo. Falando especificamente dos ataques, a dupla pode até mesmo fazer movimentos com auxílio do outro, realizando acrobacias e causando mais danos aos inimigos. Vale ressaltar que apesar da simplicidade e efetividade para aprendermos os controles, os desafios são muitos e em diversas vezes a tela de game over será inevitável. Já pensando nisso, os personagens podem usar uma série de equipamentos, além de evitar combates mais perigosos, além de mudar a dificuldade.

No quesito exploração, a consagrada Big N brilha mais uma vez e faz com que o mapa seja praticamente níveis com diversos enigmas e elementos de plataforma. Todos muito bem elaborados e com ótima animação. Não são cenas que ficam agarrando, mas são geradas com muita fluidez pelos envolvidos, trazendo leva ao gameplay.



Não posso deixar de destacar a Luigideia, que aparece em momentos que a dupla deve trabalhar em equipe para a resolução do enigma. Pelo fato de ter jogado apenas como Mario, posso dizer que Luigi nos segue pelo caminho e é possível usar o botão de pulo no personagem. Se você jogou os jogos passados da franquia certamente sua lembrança irá despertá-lo de uma série de ações do medroso irmão.

O encantador mundo de Eletria e seus habitantes

Mario & Luigi Brothership possui uma série de qualidades, mas não posso deixar de enaltecer a qualidade gráfica dos ambientes e personagens. Todo muito ricos em detalhes, com cores vibrantes, que mesmo similares uns aos outros, possuem características peculiares, fazendo com que sejam destacados no mundo.

Como todo esse universo gira em torno de energia, o design é voltado para essa temática, simulando tomadas e símbolos. E claro, tudo com muito bom gosto, com gráficos inigualáveis, causando um charme especial ao jogo.



Apesar de não causar nenhum tipo de mal ao jogo, entendo que a trilha sonora poderia ser mais irreverente, até mesmo com um clima praiano, fazendo clara referência aos belíssimos cenários. Não que seja ruim, mas talvez considere o ponto a desejar como um todo.

Agradecemos a Nintendo por disponibilizar uma chave de acesso do jogo para que esse conteúdo seja possível.