Sid Meier’s Civilization VII é um recomeço para jogos de estratégia | Review
Nova fórmula
Desenvolvido pelo estúdio Firaxis Games e publicado pela 2K, Civilization VII conseguiu fazer o que parecia impossível, que era selecionar seu líder e não ficar preso em determinado período da história até o fim. Por exemplo, você pode escolher Xerxes, o Rei dos Reis, e liderar o Império Romano.
Apesar da reclamação de alguns jogadores mais antigos, confesso que achei bem interessante a nova fórmula trazer com essa novidade algo mais customizado, dependendo das qualidades do líder selecionado. Isso também vai de encontro com o novo sistema de Eras, que antigamente começava na Pré-História até um futuro incerto. Dessa vez, exploramos a Antiguiddae, Exploração e Moderna, fazendo com que praticamente cada período seja um novo jogo, trazendo um frescor e saindo do marasmo.
Quem nunca começou uma partida de Civilization fazendo tudo da maneira mais correta e já ser capaz de dominar civilizações rivais logo no início, não é mesmo? Pois bem, no game título da série tudo isso ainda é possível, mas com a grande diferença de que ao invés de você ter que lidar com a mudança das Eras, agora, praticamente tudo começa do zero, com a possibilidade de trazer seus bônus alcançados e também punições, caso algum objetivo primário não tenha conseguido êxito.
Não sou lá um grande jogador do gênero, mas sempre procurei expandir meu gosto para coisas diferentes, e certamente Civilization VII tem conseguido trazer isso de uma forma prazerosa, mas que pode desgostar quem esperava algo engessado.
Escolha bem o seu Revolucionário
Como já mencionado anteriormente, Civilization VII nos proporciona a possibilidade de escolher uma entre tantas figuras históricas para governar seu Império. Vale lembrar que cada personagem possui vantagens e desvantagens, sendo importante levar em consideração o que você busca criar e entende como uma forma de criar uma potência histórica.
Claro que aqui não existe escolha correta, mas definitivamente isso facilitou bastante minha vida durante a análise de Civilization VII. Optei por Xerxes, que possui vantagens com expansões territoriais e acúmulo de ouro. Ou seja, eu consigo aumentar minhas áreas sem prejudicar a felicidade do meu povo.
Outra escolha que considero interessante para marinheiros de primeira viagem é Maquiavel, que além da capacidade de acumular ouro mais rapidamente, também possui muita experiência em estratégias militares. Vale ressaltar que o autor de O Príncipe é considerado a melhor escolha para iniciantes, de acordo com a comunidade do game.
Não quero dizer que você deve ficar preso aos mencionados acima, mas que se você quer se aventurar em um título que você não possui experiência, qualquer um dos dois pode deixar tudo mais agradável.
Simplificando mecânicas
Os desenvolvedores de Civilization VII nunca vieram à público comentar sobre simplificar ou não as mecânicas do game. É claro que fazendo isso, a probabilidade é que novos jogadores tenham mais desejo se aventurar-se em águas desconhecidas. Infelizmente, por outro lado, também é possível que jogadores mais antigas se sintam como se o estúdio estivesse menosprezando suas capacidades de percepção, raciocínio...consideram que o jogo carrega o jogador “no colo”, digamos assim.
Besteiras à parte, considero que o jogo encontrou uma maneira de agradar todo mundo, simplificando sim, alguns aspectos, mas nem por isso o título está mais fácil, pelo fato de conter muito aspectos customizáveis, especialmente em cada mudança de Era.
Falando sobre simplicidade, jogar no controle foi algo satisfatório, no qual não encontrei nenhum problema, com responsividade ok e fácil navegação. Mouse e teclado não tem tido muita vantagem em novos jogos em geral. Quem diria...
Como um exemplo bem claro do que estou falando, o sistema de expansão de cidades permite selecionar melhorias automáticas, fazendo com o que esteja sendo construído fique muito mais simples e objetivo.
Também podemos notar facilmente como a parte relacionada a diplomacia ficou muito mais fácil e intuitiva. Dessa vez, não existem tantas opções para serem escolhidas, mas que ao longo do game podem ficar repetitivas demais.
Por outro lado, não tem como não ficar maravilhado com a adição da influência como um fator importante para o diálogo e conquista, assim como funciona com o acúmulo de ouro, cultura e ciência. São pequenos ajustes que fazem o jogo ficar muito mais dinâmico.
Não posso deixar de mencionar sobre a possibilidade de desastres naturais acontecerem e mudar completamente o que você está planejando para o futuro do seu povo. E isso permite uma imersão incrível a cada fenômeno.
A duração de uma Era
Com aproximadamente 15 horas, muito provavelmente você terá passado pelas três Eras do jogo poderá entender em que estado seu povoado se encontra quando comparado a civilizações rivais em diversos sentidos, como economia, alianças, influências, etc.
Com tudo que foi possível acumular entre vitórias e derrotas, você terá uma boa noção sobre qual passo seguir adiante para dominar mais regiões, e isso fica muito gratificantes com a simplificação e autenticidade das batalhas, que ficaram bem mais sucintas e sangrentas.
Claro que você não precisa escolher viver uma experiência épica, graças as campanhas curtas, que garantem tanta emoção e criatividade quanto uma campanha padrão de Civilization VII. Tudo depende apenas de você.
Áudios, gráficos e elogios
Diferentemente de Civilization VI, o novo game da série conta com gráficos bem menos catunescos, o que passa uma ideia de um título mais sério e maduro por parte do estúdio desenvolvedor.
Já considerado uma marca tradicional da série Civilization, é muito bonito observar as unidades caminhando pelo mapa, as embarcações chegando em terra firme, as construções acontecendo bem diante de nossos olhos...não posso fazer uma única queixa.
Com relação ao áudio, o jogo só carrega elogios, especialmente em relação a imersão causada pela customização do líder escolhido, trazendo uma trilha cativante e motivadora, fazendo com que você seja capaz de conquistar o mapa inteiro do game em questão de segundos.
A review de Civilization VII foi realizada em Xbox Series S, graças ao envio da key pela publisher do jogo.
Nota
Sobre o jogo
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