Neva é o mais novo jogo da Nomada Studio, distribuído pela Devolver Digital, lançado no dia 15 de outubro de 2024. Apesar de não ser uma continuação direta de GRIS, jogo dos mesmos desenvolvedores, com forte parentesco de elementos como a jogabilidade e a os gráficos, o game vem praticamente como uma extensão lógica a ser seguida, melhorada e aprimorada, com mais mecânica a serem exploradas e uma história igualmente melancólica.

E se você quer ver a review em formato de vídeo, está disponível no nosso canal do youtube:
 

Aos que apreciam a leitura, começamos falando sobre GRIS, para aqueles que ainda não o exploraram, é um jogo que cativou muitos jogadores, com uma jogabilidade simples, trilha sonora e artes gráficas extremamente lindas e uma história que marcou os corações. Dito isso, antes de se aventurar por aqui, com certeza vale a pena dar uma espiada no que já aconteceu no ‘’antecessor’’ de Neva.  
 

Mantendo o estilo, Neva também vai contar com plataformas e quebra-cabeças simples a serem exploradas, com desafios específicos para conseguir ‘’colecionáveis’’ do game para aqueles que assim desejarem, no entanto, nessa obra vamos conhecer o combate e novas mecânicas implementadas com a Neva, o lobo que iremos acompanhar o crescimento durante a história, que ajudará bastante na missão da nossa personagem principal, uma jovem mulher chamada Alba.

Nesse contexto, a narrativa melancólica é outro fator que irá persistir, afinal, não poderia ser diferente, já que a Nomada percebeu o grande sucesso ao contar algo que realmente tocasse os jogadores no âmago de cada um. Assim, vivenciamos um vínculo cada vez mais forte e potente entre os personagens, enquanto viajamos em mundo que se aproxima do seu fim.
 

A maternidade

Um dos fatores principais do jogo claramente é a relação materna que nossa personagem cria com Neva, acompanhando-a crescer, criando-a em um mundo que quer te matar e está indo direto para o seu fim. Dito isso, viveremos a narrativa em capítulos, passando por estações do ano e no início, vamos ter que lidar com um lobo rebelde e ainda muito jovem.

Explico, será comum Neva fugir de Alba e termos que correr atrás dele enfrentando quebra-cabeça e perigos iminentes, no entanto, com o passar dos episódios da história, vamos ver como a relação entre os dois fica fortificada, única e interdependente, essa última pelo motivo de todas as mecânicas dados à nossa personagem se baseia em uma interação com Neva, com exceção apenas do ataque e da esquiva.
 

Isso na verdade não é um problema, isso é facilmente explicado pelo fato de que os desenvolvedores não querem complicar sua vida, tanto que foi entregue uma gameplay relativamente curta, com cerca de 5 a 6 horas de duração. Assim, a missão deles aqui claramente é outra, por isso, os comandos são simples, básicos, assim como os quebra-cabeças e os combates, inclusive, ao jogar o modo história, você se depara com a morte em raríssimos casos.

Propriamente dito, esses ataques e habilidades não vão servir apenas para o combate, mas também para abrir caminhos e atingir os ‘’colecionáveis’’ que mencionei anteriormente. No entanto, isso não é qualquer surpresa, afinal ainda estamos falando de um jogo de plataformas, no qual avançar baseia-se basicamente na habilidade e no domínio dos comandos pelo jogador
 

Onde está a beleza?

Falar disso parece muito subjetivo, todavia, a beleza para mim está na somatória entre o estilo artístico, contando tanto visual quanto sonoro (a qual falarei mais adiante), e a jogabilidade leve. Digo, por mais que você seja do tipo de jogador que gosta de fazer speed run de tudo quanto é tipo de jogo ou que apenas não curte mudar para outros estilos além do seu, aqui o jogo vai te exigir calma, para aproveitá-lo e ver realmente onde estão as beleza do jogo aqui não poderemos ter pressa.

Nessa perspectiva, eu também nunca fui o maior fã de uma gameplay mais serena e tranquila, mas ao conhecer GRIS e Neva talvez você entenda o que estou falando. Observar, viver e sentir as paisagens, a leveza das ações de Alba e ainda ir construindo uma história melancólica é algo que valeu a pena ter experimentado. Particularmente, tentar alcançar todos os desafios aqui foi algo comum e eu faria novamente, sem se arrepender por nenhum segundo, sem qualquer taquicardia ou estresse, apenas uma serenidade que apenas esse estilo pode te entregar.

Claro, não vá achando que será somente um mar de rosas, essa parte é sim a maioria dos instantes que vivenciamos ao longo da narrativa, mas os combates vão te exigir estratégia e paciência, com base em tentativa e erro, para conseguir superar essas turbulências em meio a calmaria. Por vez, separados nos capítulos, enfrentaremos chefes no final deles com características únicas e estratégias diferentes para serem derrotados.
 

Caso você não tenha percebido nada do que eu falei, é simplesmente impossível você não reparar na beleza visual que este jogo foi entregue, tudo é marcante, os cenários, em meio ao constante fim do mundo, conseguem ser belíssimos, assim como a movimentação do nosso personagem, as animações das mecânicas entregues além das estonteantes cenas ao completarmos um boss ou ativar alguma ação.

Sem exageros, tudo parece ser uma pintura, estamos dentro de arte, atravessamos cenários enquanto criamos laços entre personagens que são cada vez mais dependentes entre si, com uma relação cada vez mais bonita e harmônica ao acompanharmos o crescimento de Neva.
 

Por fim, mas claramente muito importante, a trilha sonora e os efeitos auditivos não ficam para trás, aqui viveremos grande parte da imersão que acontece com o jogador, sentiremos a calma, a leveza em meio ao caos e vamos viver o jogo na pele. Para os desenvolvedores, acho que a ideia não poderia ser diferente, colocaram suas ideias e jogaram suas paixões na obra e conseguiram transmiti-las nesse feedback audiovisual.

Agradecemos a equipe de PR da Devolver que disponibilizou Neva e possibilitou a criação desse conteúdo.

Neva estará disponível para  Nintendo Switch, PlayStation 5, Microsoft Windows, Xbox Series X e Series S, macOS no dia 15 de outubro de 2024.