Roblox banido na Rússia sob alegação de "propaganda LGBTQ+" e falhas

O Roblox foi banido na Rússia, acusado pelo órgão regulador Roskomnadzor de distribuir "propaganda LGBTQ+" e materiais extremistas relacionados ao terrorismo. O órgão fiscalizador russo criticou a plataforma, descrevendo-a como "repleta de conteúdo inapropriado que pode impactar negativamente o desenvolvimento espiritual e moral das crianças". O Roskomnadzor também sinalizou relatos de assédio sexual de crianças na plataforma.

Um porta-voz do Roblox se defendeu à Reuters: "Respeitamos as leis e regulamentos locais nos países onde operamos e acreditamos que o Roblox oferece um espaço positivo para aprendizado, criação e conexão significativa para todos." O porta-voz reforçou o compromisso da empresa com a segurança, mencionando um "conjunto robusto de medidas de segurança proativas e preventivas projetadas para capturar e prevenir conteúdo prejudicial em nossa plataforma."

As alegações na Rússia ocorrem em um contexto onde o Roblox já enfrenta críticas por medidas de segurança questionáveis. Um relatório no ano passado alegou que a plataforma teria reportado 13.316 instâncias de exploração infantil. Embora o Roblox tenha aprimorado seus padrões de segurança este ano, incluindo a exigência de age checks para comunicação na plataforma, a Turquia também proibiu o acesso ao serviço no ano passado para "garantir a proteção de nossas crianças".

A ação do Roskomnadzor segue um padrão de restrição de mídia e tecnologia ocidental que viola as leis russas, atingindo serviços como Duolingo, WhatsApp e Telegram. A Rússia possui leis anti-LGBT em vigor desde 2013, proibindo a "propaganda de relações sexuais não tradicionais" a menores.

Recentemente, o CEO do Roblox, David Baszucki, gerou controvérsia em uma entrevista ao podcast Hard Fork do New York Times ao descrever o problema dos predadores na plataforma como uma "oportunidade".