Antes de iniciarmos, gostaria de começar agradecendo a Warner Bros. Games por nos permitir participar desse Hands-on de MultiVersus, de modo que nos possibilitou ter acesso aos conteúdos novos do lançamento oficial e produzir esse conteúdo.

Um crossover de peso

Arya Stark, Batman, Pernalonga, Arlequina, LeBron James – sim, o próprio King James – o Salsicha de Scooby Doo, as duplas maravilhosas de Tom & Jerry e Rick & Morty, o Finn de a Hora de Aventuras e ainda tem mais alguns... Se tem algum personagem que você gosta nessa lista, saiba que você vai poder escolher qualquer um desses para cair na porrada com outra personalidade icônica dos universos da Warner.

Ainda mais, os personagens receberam a rica dublagem dos atores originais das séries animadas, deixando tudo mais imersivo, divertido e, claro, elevando a qualidade do trabalho. Vou falar mais a frente sobre a arte do jogo, mas já queria deixar uma prévia da minha opinião: o áudio é um dos pontos de maior qualidade do jogo. Com isso, não quero dizer que os outros aspectos são ruins, nem nada do tipo, mas é que a qualidade dos efeitos sonoros, de algumas trilhas sonoras e da dublagem é realmente muito boa – você realmente consegue perceber o toque da Warner Bros nesse ponto –.

Aproveitando que já estamos falando sobre os icônicos personagens disponíveis em MultiVersus, puxarei o gancho para abordar os novos personagens e vilões que serão lançados agora em 28 de maio. São eles: ninguém mais e ninguém menos que Coringa, Jason Voorhees – sim o de Sexta-Feira 13 –, o Agente Smith de Matrix e os Guardas Banana de Hora de Aventuras. 

Eu gostaria de adentrar nas mecânicas de combate um pouco sobre o que achei de cada personagem novo, mas primeiro vou abordar mais algumas das mudanças para o lançamento oficial.

Mesmo durante a versão beta, o jogo recebeu diversas atualizações e bastante conteúdo novo, incluindo personagens. Agora, em lançamento oficial, os desenvolvedores anunciaram que MultiVersus terá mais conteúdos novos ainda: um sistema de passe de temporada novo – que, na minha opinião, tem um sistema similar ao de Fortnite, em que traz moedas do game no passe gratuito e no pago, de modo que te permite comprar um novo passe no futuro apenas com moedas do jogo; ou seja, acredito ser uma economia de passe boa para o jogador –, novos personagens e ambientes, como o laboratório do Dexter e a cidade de Townsville (Meninas Superpoderosas) – nesse último o Macaco Louco interage com o cenário para atrapalhar seu jogo –, uma melhora na gameplay, um modo PvE e mais atualizações ainda por vir. Enfim, vou tentar abordar um pouco melhor sobre esses pontos mais à frente.

Tá, mas e a luta?

Calma, certo, já falamos de atualizações, conteúdo novo e até mesmo da parte mais artística que inicialmente nos cativa e nos seduz para jogarmos MultiVersus. Mas e a luta? A jogabilidade? Aquilo que te faz ficar preso ali dentro do jogo de fato?

Então, ao voltarmos à versão beta, havia-se um problema com a hit box do game, em que alguns personagens acabavam por ser muito mais fortes que outros, pois acabava por ser muito mais fácil de acertar seus ataques. Mas agora, em lançamento oficial, a Player First Games anuncia não só vários conteúdos novos, mas também uma gameplay mais lisa, tática com golpes mais impactantes.

Sendo sincero, ao mesmo tempo que sentia que os personagens estavam mais balanceados e realmente era possível de duelar contra praticamente todos os bonecos, ficou difícil de perceber o quanto, pois inicialmente só tive acesso ao jogo pelo servidor norte americano e isso comprometeu minha latência, então o lag acabou me atrapalhando de avaliar isso de forma concreta. Dessa maneira, evitarei criticar ou julgar de maneira técnica o combate. No geral, o que importa, é que, mesmo com a latência, eu me diverti bastante com o jogo e me deixou bem animado para jogar a versão oficial em servidor sul-americano.

Outro detalhe que acho importante adicionar, é que mesmo antes, na versão beta de MultiVersus, em que ainda havia reclamações acerca do combate do game, eu já achava o jogo bastante divertido, apesar de frustrante em alguns momentos, e tinha batido algumas dezenas de horas de jogo. Então, se alguns refinamentos vierem no âmbito do combate e os desenvolvedores continuarem a dar atenção à comunidade, tenho certeza que o jogo será muito bom e com certeza estarei lá para jogar.

Por fim, como prometido, gostaria de falar sobre os novos personagens lançados em MultiVersus. Dentre todos, eu só não consegui jogar com o Agente Smith e posso te afirmar que tanto as artes, quanto as mecânicas de combate de todos estão bem legais. Meu preferido de longe é o Coringa, apesar de ele ser considerado um combatente ‘mago’, que eu tenho certa dificuldade de jogar, as animações e combos do personagem são muito divertidas e me cativa a querer dominar o personagem – eu confesso que tenho uma queda muito grande pelos personagens que possuem ataques e animações lúdicas e o Coringa com certeza me traz essa vibe –.

O Jason é bem forte e achei sua mecânica simples de se aprender – inclusive apanhei algumas vezes no multijogador para alguns Jasons –, mas, por se tratar de um personagem tanque, não foi o que eu mais me identifiquei, pois gosto de mobilidade. Por fim, testei também os Banana Guards e os acho muito fortes, porque seus ataques possuem grande impacto e sua mecânica é extremamente simples, diria até que é um dos bonecos mais fáceis de se jogar. Não dá para se dizer que é overpower porque tudo aquilo que é muito simples de se utilizar, é fácil de entender e ser counter.

O sistema de PvE

Uma das grandes novidades anunciadas pela Player First Games para o lançamento de MultiVersus foi o sistema PvE, em que terá novos mapas e universos, contendo quebra-cabeças, lutas de chefões, mini jogos e dando recompensas únicas.

Eu tenho críticas e elogios ao sistema... Gostaria de começar pelo ponto negativo: realmente não me conquistou os puzzles e minigames dentro dos mapas de PvE. São jogabilidades tão simples e pouco inovadoras que sinto que não fazem muito sentido tê-las lá, como uma parte obrigatória para se avançar nas fases. Na sua maioria, eu só queria fazer o minijogo mais rápido possível com a maior pontuação para conseguir minha recompensa, liberar a próxima fase e partir logo para o próximo combate. Diria até que foi entediante, para mim.

Entretanto, quando estamos falando do combate contra a máquina, já é outra história. Eu sinto que é uma ótima forma de você ficar um pouco mais confortável com as mecânicas fundamentais do jogo, para aqueles novatos, assim como para treinar novos personagens e aprender seus combos. Além de que há uma lore que coloca para interagir os diferentes personagens dos diferentes universos, nos fornecendo até algumas cinemáticas super bonitas de vez em quando.

Outro ponto a se mencionar, é as diferentes dificuldades da IA (que são muitas). Eu não consegui jogar além da segunda dificuldade, pois ainda não tinha liberado – aparentemente você precisa upar seu personagem com gemas a fim de torna-lo mais forte para poder desbloquear os níveis mais difíceis –, mas confesso que o segundo nível já foi suficiente para me fazer repetir algumas fases e ser um bom desafio. Com isso, reforço meu ponto sobre como pode ser funcional para você treinar e se acostumar com heróis novos.

A arte

Para encerrar o texto, gostaria de falar um pouco melhor sobre a arte do game. No geral, os gráficos são simples, pois vão para um lado mais cartunista. Os personagens são muito bem desenhados e coloridos, realmente é agradável olhá-los. Entretanto, sinto que os ambientes e as fases não acompanham a qualidade dos bonecos, sendo simples até demais. Isso não se aplica a todos os backgrounds, como por exemplo o que me aparenta ser a mansão do Batman, em que o fundo é bem detalhado e bonito. Mas tem outros que realmente são sem graça e apáticos. Sinto falta de uns fundos mais bem elaborados e bonitos.

Outra questão artística que eu acho que traz diversão e vivacidade para MultiVersus, é como os desenvolvedores conseguiram ser criativos e trazer as personalidades dos personagens para seus ataques e combos. Nesse sentido, quando eu joguei com o Pernalonga ou com a dupla Tom & Jerry, eu sinto uma certa ludicidade e um tom cômico em seus ataques, assim como você vê ocorrendo o tempo todo na série animada. Já em personagens como Superman, é uma outra percepção e você sente a imponência e a personalidade mais durona do personagem. No geral, entendo que as animações são de boa qualidade e muito criativas, pois sinto que partem delas essa vivacidade que cada personagem tem.

Quanto aos personagens, já falei antes acerca de suas animações e o quanto elas dão vida ao jogo e identidade aos heróis. Já abordamos também o fato de serem dublados pelos atores originais das séries animadas e, claro, isso só reforça e constrói mais ainda para a identidade e vivacidade dos personagens. Por fim, temos um design dos bonecos bem agradáveis também. Dito isso, sinto que os personagens em conjunto com o som do jogo acabam por trazer uma qualidade artística muito rica, sendo, para mim, a melhor qualidade de MultiVersus.

Em suma, MultiVersus é um jogo que traz um aspecto artístico muito grande, rico e de qualidade devido a sua relação com a Warner Bros e seus personagens. Mas mais que isso, é um jogo de luta muito divertido que nos cativa a dominar o combate com aqueles personagens que mais temos apreço. MultiVersus é um game que você definitivamente deve dar uma oportunidade se você gosta de jogos de combate e/ou competitivos, ou dos diferentes universos fictícios da Warner.

Para a construção dessa review, MultiVersus foi jogado na plataforma Microsoft Windows (PC), pela Steam. É, também, importante lembrar que esse texto foi construído a partir do jogo na versão pré-lançamento em Hands-On.

Por fim, gostaríamos de agradecer novamente a Warner Bros. Games por nos fornecer a chave de acesso e permitir que esse conteúdo fosse criado.