Jotunnslayer: Hordes of Hel invoca as histórias e tradições nórdicas | Review
Mais uma opção ao gênero roguelike
Trata-se de um jogo exclusivamente single-player, que permite que o jogador escolha uma classe e avance pelos reinos nórdicos lutando contra inimigos variados e Jotunns, os famosos gigantes dessa mitologia, trazendo mecânicas simples e intuitivas, fazendo lembrar diversos jogos em como trata a distribuição da interface e organização de combate, como por exemplo, Hades e Vampire Survivors.
Explorando a história e jogabilidade
Jotunnslayer: Hordes of Hel não apresenta uma história muito densa, ou até mesmo complexa, basicamente, o que nos é apresentado de contexto é uma narração em uma pequena cinemática ao abrir o jogo pela primeira vez que traz algumas informações e deixa o jogador ciente de que os heróis disponíveis para jogar são guerreiros que precisam enfrentar provações para “escapar das garras da escuridão e se tornarem lendas”.
Dito isso, a partir dessa breve introdução já somos apresentados às classes disponíveis, sendo algumas delas desbloqueáveis à medida que formos jogando e de maneira geral são classes bem simples, sendo elas: bárbaro, duas classes envolvendo magia (Seeress e Flame Sister) e patrulheiro.
Apesar da simplicidade das classes, o que faz o jogo mais complexo são as bençãos que recebemos ao subir de nível durante as arenas, essas bençãos são concedidas pelos deuses nórdicos e podemos montar uma build personalizada, combinando habilidades de dois deuses ou mais, além de podermos escolher habilidades da árvore de talento correspondente a nossa classe de escolha, da mesma maneira.
Fora das partidas, cada classe possui uma árvore de talento própria, que melhora status, desbloqueia novas possibilidades de habilidades e afins. Honestamente é um sistema bem completo e repleto de possibilidades.
O combate frenético e seus desafios
Esse jogo é definitivamente uma adição bem interessante ao saturado gênero de roguelikes, seguindo principalmente os passos de Hades e Vampire Survivors, como mencionei anteriormente, Jotunnslayer traz a sua própria identidade e interpretação do gênero para a prática, trazendo gráficos buscando um pouco mais de realisto e modelos 3D mais elaborados, dá uma cara nova que atrai novos jogadores, mas isso não o exime de ter seus defeitos e falhas.
É importante ressaltar que a dificuldade do jogo é relativa, há um seletor de dificuldade antes de ingressarmos nas arenas, que são liberados com o requisito de se ter vencido na dificuldade anterior, exemplo, para que a dificuldade difícil seja desbloqueada, é necessário que a dificuldade média já tenha sido superada, o que torna a punibilidade da dificuldade outro ponto bem relativo, já que as dificuldades mais baixas você sai atropelando tudo que vê pela frente e te permite testar builds com mais tranquilidade.
Para essa review, jogamos em algumas dificuldades para explorar a progressão de dificuldade que o jogo oferece e até então me pareceu uma experiência balanceada, acho importante frisar que tivemos acesso à uma versão de testes do jogo, que pode diferir da versão oficial de lançamento.
Um ponto importante a ser tratado é a interação do personagem com os eventos da fase e como isso, por enquanto, parece um pouco rústico demais. Vamos lá, assim que spawnamos podemos andar livremente pela arena e interagir com círculos que iniciam desafios que devem ser completados a tempo, para que possamos invocar o Jotuun antes que o tempo se esgote, além de podermos coletar ouro, comida para restaurar vida e até perseguir aves douradas que dropam recompensas, no maior estilo Diablo III com seus goblins.
Esses círculos que mencionei são uma mistura de modelo 3D e 2D e as recompensas que caem no chão também acompanham o mesmo estilo gráfico, o que me chamou a atenção de forma negativa é como as artes escolhidas e os modelos utilizados se diferem muito do estilo gráfico do jogo, dando a impressão de que foram feitos às pressas. Novamente, é uma build de testes que pode ser diferente do que a equipe preparou para o lançamento oficial.
O combate possui estilos que o jogo te permite escolher, no sentido de ser manual ou automático, para a review preferimos deixar o modo padrão que o jogo sugeriu que consiste em ataques automáticos e habilidades com autocast, mas com habilidades especiais sendo usadas via comando do jogador. No geral, foi uma experiência interessante, as bençãos dos deuses agregam demais na sua jogabilidade e é possível montar builds bem variadas. Porém, o problema das animações e modelos destoarem do motor gráfico é presente aqui também, dando ainda mais a impressão de feito às pressas.
Um lançamento bom que precisa de polimento
Jogar Jotunnslayer: Hordes of Hel foi uma boa experiência, o dinamismo para montar uma build personalizada e o combate no geral deixam o jogo bem divertido de se jogar, apesar de suas limitações. Como mencionei anteriormente, a junção de estilos gráficos é um fator negativo, que precisa de um pouco mais de capricho, outro detalhe também importante são as animações de ataque e corrida/movimentação do personagem, ainda passam uma sensação bem artificial e precisam ser revistos.
O jogo, em geral, é tranquilo de se jogar, principalmente em termos mecânicos, possui alguns tutoriais pertinentes, porém o conjunto geral da experiência é bem interessante e possui um potencial muito grande, a ambientação dos reinos e os aspectos históricos e mitológicos são muito bem representados e, com a escalação de dificuldade, o jogo pode ser balanceado a critério do jogador, um ponto bem positivo para abranger diversos públicos.
O jogo é localizado em diversas línguas, não possui nenhuma dublagem, com exceção de cinemáticas, e apesar de não possuir nenhum texto ou legenda em português brasileiro, é um fator que pessoalmente me desagrada, mas torço para que com o lançamento bem-sucedido, seja possível abranger mais idiomas.
A performance do jogo é boa, já que possui uma boa otimização e não é tão demandante dos recursos do sistema, apesar dos defeitos gráficos é um jogo que consegue trazer um ar de modernidade, além de possuir recursos de apoio para ajudar com o aumento da taxa de quadros, como por exemplo tecnologias de upscaling (XeSS, DLSS e FSR3).
Um projeto que merece uma chance
Minha experiência pessoal com Jotunnslayer: Hordes of Hel foi boa na maioria dos aspectos, sendo a ambientação e o combate seus pontos de maior destaque na minha jogatina. Claro que ainda há pontos a serem otimizados e polidos, mas já é um jogo bem divertido que é muito fácil emendar horas e horas a fio. De qualquer maneira, o conjunto do jogo me trouxe boas horas de diversão.
O mapeamento das teclas é bem intuitivo, é fácil de pegar o jeito e cumpre bem sua função, o áudio do jogo é muito bom e conta com uma trilha sonora bem temática e bem trabalhada, no geral, é um jogo que eu recomendaria para o público geral, possui o seu charme e acredito que a comunidade que se formará no seu entorno vai ajudar bastante no desenvolvimento geral do projeto.
O jogo oferece uma boa qualidade de vida, com uma interface completa, além de boas configurações e opções de customização de controles, gráficos e áudio.
Para essa review, o jogo foi experienciado no PC, utilizando a plataforma Steam. Agradeço à Grindstone pela concessão da chave de acesso antecipado.
Nota
Sobre o jogo
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