Desvendando os mistérios de Alone in The Dark | Review
Perdido no escuro
Alone in the dark é o remake do clássico jogo feito em 1992, que influenciou fortemente diversos outros muito importantes do gênero survival horror, com ênfase no tão aclamando resident evil, que em seus primeiros games bebeu diretamente da influência de Alone in The Dark.
A história se dá quando Emily Hartwood recebe uma carta perturbadora de seu tio Jeremy, que está em uma espécie de sanatório, então emily contrata o detetive particular Edward Carnby para acompanhá-la até o local, e checar o estado de seu tio.
Quando chegam até o lugar, descobrem que Jeremy está desaparecido, e ao procurá-lo coisas muito estranhas vão acontecendo com os personagens e muitos mistérios vão aparecendo, então os protagonistas Emily e Edward tem de solucionar esses enigmas para descobrir a verdade sobre Jeremy e o local em que estão.
No game podemos escolher entre jogar com os 2 protagonistas, existem as duas rotas, que era algo comum em jogos mais antigos, em que você pode escolher fazer a história de Emily ou de Edward, onde as duas se cruzam, mas ambas têm seus próprios acontecimentos.
Mesmo nos momentos em que os personagens estão juntos e passam por uma cutscene, o modo como as coisas acontecem é diferente em cada gameplay, eles poderiam repetir a cena e deixar como se tivesse acontecido da mesma maneira para os dois, mas fizeram de modos diferentes para cada um e isso é um detalhe muito interessante.
Sozinho mas preparado
Alone in the dark, como todo survival horror possui combate, algo que vemos ser constantemente um problema, até em jogos mais novos, com mecânicas travadas, inimigos desbalanceados e nenhuma criatividade nos combates, o que definitivamente não é o caso.
O game fornece armas escassas para o jogador, para criar o clima de tensão e fazer com que o player escolha muito bem os combates para não desperdiçar recursos, porém te entrega recursos para enfrentar esses inimigos recompensando quem explora o mapa, dando munições e até encontrando tijolos e molotovs espalhados pelo cenário.
Mas a gameplay não gira somente em torno do combate, como estamos falando de um os maiores clássicos do gênero, os puzzles também foram um fortíssimo elemento desse game. Eles estão constantemente presentes durante a jogatina, sendo cruciais para o progresso na história.
Mas não pensem que é algo extremamente difícil e frustrante, os puzzles costumam ser tranquilos, mas desafiadores. E caso ainda assim não esteja habituado a esse tipo de jogo e esteja com dificuldade, o game possui o modo clássico e o moderno, onde no clássico você fica mais por sua conta, de investigar as notas e documentos, realmente ir atrás como antigamente ou o moderno, que possui alguns sistemas de ajuda.
Além de recursos como saúde e munição, e das pistas que ajudam nos quebra-cabeças, você também encontrará mais itens especiais. “Lagniappes” é traduzido como “pequenos presentes” em francês da Louisiana, local onde se passa a história, e são itens não essenciais que você pode encontrar ao longo do jogo.
Três deles formam um conjunto e ao completar os conjuntos você desbloqueia alguns conhecimentos sobre o game, tanto em mecânicas ou outros itens, quanto de história, e eles são algo compartilhado entre as campanhas, até porque, existem alguns desses colecionáveis que só podem ser pegos na linha do Carnaby ou da Emily.
Reencontrando a Glória
Como já disse algumas vezes nessa review, o clássico de 1992 é um dos mais relevantes títulos do survival horror, algo que mudou muito o rumo do gênero, mesmo que eu não tenha jogado o clássico, conheço a franquia pela relevância e impacto que ela teve em diversos outros jogos.
Porém a franquia não teve sucessores a altura do primeiro, alguns até tentaram, outros nem tanto, mas fato é que nenhum deles conseguiu atingir o mesmo nível de qualidade do clássico, pelo menos não até agora, pois esse remake é algo incrível, era um game que eu era muito interessado em jogar, mas não conseguia pelas limitações de console, mas que agora graças ao remake eu consigo sem dificuldade.
E quando testei pela primeira vez o game, certamente superou minhas expectativas, pois além de conseguir passar com fidelidade a qualidade do roteiro do primeiro game, a ambientação está incrível, os gráficos muito bem trabalhados e a atmosfera do game te deixa estupefato de tão imersiva, a qualidade dos efeitos sonoros, que conseguem tanto te deixar alerta com barulhos desconhecidos de coisas próximas, mas também com o silencio do ambiente que é inquietante.
A trilha sonora também é muito boa, traz à tona a sensação do mistério, muito semelhante as séries policiais da década de 60, e traz a ambientação de Nova Orleans dessa mesma época, que é cheio de pântanos e bruxaria vodu, que também tem relação com história do game.
Outro ponto muito interessante foi que usaram a imagem de atores reais para encarnar os personagens, como o ator David Harbour, muito conhecido por seus papeis, como por exemplo Jim Hooper na série Stranger Things, que em Alone in The dark encarna um dos protagonistas, Edward Carnby.
Por isso tudo, acredito que Alone In The Dark é uma redenção gloriosa da franquia, o game possui todos os elementos do clássico melhorados, quem é fã assíduo do estilo survival horror tem como uma quase obrigação jogar esse game mesmo que já tenha jogado o primeiro jogo, e para quem é novo no gênero, também é extremamente recomendável pois é amigável a novos jogadores e muito imersivo.
Agradecemos a THQ Nordic por nos fornecer a chave para esse conteúdo, review realizada no PC.
Nota
Sobre o jogo
Alone in the Dark
- Data de lançamento: 20 de março de 2024
- Desenvolvedora(s): Pieces Interactive
- Publicadora(s): THQ Nordic
- Modo(s) de Jogo: Single player
- Plataforma(s): PC (Microsoft Windows), PlayStation 5, Xbox Series X/S
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