Criando memórias em Lost Records: Bloom & Rage | Review
Um sucessor espiritual
Trata-se de um jogo exclusivamente single-player, que coloca o jogador interpretando Swann, uma garota que retorna para a cidade onde cresceu e relembra diversas memórias e reecontra suas amigas de infância, para um renascimento de seu grupo Bloom and Rage.
Explorando um mundo repleto de memórias e saudade
Lost Records: Bloom and Rage é um jogo que desperta uma sensação de nostalgia em muitos jogadores, especialmente aqueles que conhecem os trabalhos anteriores da Dontnod Entertainment, a mesma desenvolvedora responsável por Life is Strange. O jogo nos transporta para um mundo repleto de emoções, mistérios e dilemas pessoais, elementos que a desenvolvedora tão bem soube explorar em suas produções anteriores.
A trama é extremamente interessante e me causou a sensação de estar jogando Life is Strange pela primeira vez, tudo é tão detalhado e a construção do clima é tão bem-feita que é um jogo que te prende muito facilmente.
Assumimos o papel de Swann, uma garota que se mudou para o Canada na adolescência e agora retorna para sua cidade natal, nos Estados Unidos para ter um encontro com suas antigas amigas, principalmente sobre a Bloom and Rage, seu grupo.
A narrativa é maravilhosamente bem construída, as memórias do passado em contraste com a vivência do presente é um ponto muito forte para construir toda a história e, ao longo do jogo, pequenos detalhes são revelados, dando uma imersão ainda mais profunda, o que mantém a curiosidade do jogador sempre aguçada.
O ritmo da história é inegavelmente mais lento que muitos jogos, mas isso se dá ao estilo do jogo, que traz uma narrativa densa e detalhada, que instiga o jogador a inspecionar todos os panfletos, ler todas as placas, prestar atenção em todos os diálogos.
Uma história envolvente
O maior destaque de Lost Records: Bloom and Rage sem dúvida está no conjunto história, jogabilidade e gráficos. Além da excelência da trama já mencionada anteriormente, o visual é belíssimo, com cenários detalhados e uma paleta de cores que transmite a atmosfera melancólica e, ao mesmo tempo, esperançosa, característica do jogo.
Cada ambiente parece ser meticulosamente desenhado, com um nível de detalhamento que vai além do esperado para um título dessa natureza. Os cenários se mesclam de forma perfeita com a narrativa, tornando a experiência ainda mais imersiva.
Obviamente que a trilha sonora é um show a parte, é aquele jogo que você sente vontade de ouvir a soundtrack depois de finalizá-lo, da mesma forma que foi com Life is Strange.
Para os fãs de Life is Strange, a trilha sonora de Lost Records: Bloom and Rage trará uma sensação de familiaridade, com músicas que poderiam facilmente ter sido compostas para o universo de Max e Chloe. Essa conexão sonora fortalece a ideia de que o jogo é uma espécie de sucessor espiritual, mantendo uma identidade sonora que atrai imediatamente os jogadores acostumados com as sensações provocadas pela música nos jogos anteriores.
Memórias do passado e inspirações
Jogar Lost Records: Bloom and Rage foi uma excelente experiência, assim como em Life is Strange, o jogo apresenta escolhas importantes, que influenciam o desenvolvimento da história e o destino dos personagens. Esse tipo de estrutura narrativa, onde cada decisão tem peso, torna o enredo ainda mais interessante, pois os jogadores não se sentem como simples observadores, mas como participantes ativos na construção da história.
É impossível não traçar paralelos entre Lost Records: Bloom and Rage e Life is Strange, especialmente quando se considera o estilo de narrativa emocional e a construção de personagens profundos e complexos. A minha expectativa era alta para essa review, já que a Dontnod Entertainment conseguiu estabelecer uma forte base de fãs com seus jogos anteriores. Nesse sentido, Lost Records: Bloom and Rage acerta em cheio ao entregar uma experiência similar à que os fãs de Life is Strange esperavam, mas com sua própria identidade.
O jogo, em geral, é tranquilo de se jogar, em termos mecânicos, os pequenos tutoriais são mais que suficientes e também são bem informativos, é realmente uma experiência bem intuitiva, bastando que o jogador aprenda as mecânicas principais, como usar a câmera para gravar pontos específicos do cenário e situações emocionais para a protagonista, ou até mesmo interagir com o cenário para obter mais informações sobre o contexto local ou detalhes da história.
O jogo é localizado em diversas línguas, possui tradução de texto, muito bem-feita inclusive e a dublagem dispensa comentários, as vozes são muito bem encaixadas com as personagens.
A performance do jogo é boa para a demanda, já que exigem um hardware consideravelmente avançado para uma experiência fluida, visualmente bonita e com altas taxas de quadros, há algumas quedas nos quadros por segundo em alguns momentos, mas na minha experiência foram em situações pontuais.
Um projeto que resgata o sentimento de Life is Strange
Minha experiência pessoal com Lost Records: Bloom and Rage foi excelente, tive uma grande sensação de nostalgia e carinho pelo jogo logo de cara e tendo a jogabilidade e a construção da atmosfera da narrativa, aliado aos gráficos e trilha-sonora maravilhosa, é uma experiência completa para quem é fã de Life is Strange, e é definitivamente um jogo que vale a pena ser jogado.
O mapeamento dos controles é bem intuitivo, é fácil de pegar o jeito e cumpre bem sua função, o jogo possui seu charme e com certeza agradará os jogadores, principalmente quem conhece o histórico da produtora.
O jogo oferece uma boa interface, além de boas configurações e opções de customização de controles, gráficos e áudio.
Para essa review, o jogo foi experienciado no PC, utilizando a plataforma Steam. Agradeço à Don’t Nod pela concessão da chave de acesso.
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Nota
Sobre o jogo
Lost Records: Bloom & Rage
- Data de lançamento: 31 de dezembro de 2024
- Desenvolvedora(s):
- Publicadora(s):
- Modo(s) de Jogo: Single player
- Plataforma(s): PC (Microsoft Windows), PlayStation 5, Xbox Series X/S
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