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Sobrevivência, ritmo e identidade em uma nova distopia

O protagonista de Alex and the Aliens é um herói negro, o último humano sobrevivente da Terra, encarregado de impedir o domínio alienígena através da dança, coragem e criatividade. A proposta é ousada, mas a execução narrativa tropeça ao tentar unir humor e tragédia. A promessa de escolhas narrativas impactantes não se concretiza, gerando uma sensação de ruptura entre proposta e entrega.

Jogabilidade fluida e visuais interessantes marcam o início da jornada, mas o excesso de movimentos cômicos e uma dificuldade elevada para acertar os inimigos acabam prejudicando o engajamento. A narrativa, embora ambiciosa, se perde em textos longos e ritmo irregular.

Acesse o jogo diretamente na Steam Store de Alex and the Aliens



O que são jogos de ação e aventura com dança?

Jogos de ação e aventura geralmente combinam exploração, combate e resolução de problemas. Neste caso, o diferencial está no uso da dança como parte do combate — uma escolha criativa, mas que precisa de ajustes para alcançar maior fluidez.

Os cenários são bem construídos e os NPCs trazem charme ao mundo do jogo. Há uma clara preocupação artística no design dos ambientes e no protagonista, que se destaca entre os personagens indies por sua presença forte e visual marcante.

Visual vibrante e ambientação que encanta

Os gráficos são bem executados para um jogo independente, com destaque para modelagem 3D, efeitos de luz e uma câmera dinâmica que permite explorar cada detalhe do universo distorcido de Alex and the Aliens. As animações são simples, mas cumprem seu papel de maneira eficaz e, às vezes, divertida.

É notável o esforço em criar uma identidade visual própria, com elementos que remetem tanto a ficção científica quanto a surrealismo brasileiro, um traço cada vez mais comum nos jogos indie do país.



Mecânicas criativas e controles que precisam de refinamento

A jogabilidade é onde o jogo mais brilha — quando funciona. O sistema de combate com diferentes armas (espada, flecha, arma de luz) é divertido, exigindo precisão e sincronia. No entanto, a mira apresenta desafios e a ausência de um menu de configurações completo limita a experiência.

Os controles básicos não permitem personalização de áudio ou brilho, algo que impacta diretamente a acessibilidade. Para um indie, esse é um ponto crucial que merece atenção nas próximas atualizações.

Música eletrônica como trilha de resistência

A trilha sonora é um dos pontos altos. Com batidas eletrônicas pulsantes, o jogo consegue transportar o jogador para um universo onde a música também é arma. Ainda assim, o contraste entre o tom da música e a gravidade da narrativa cria certa dissonância. Uma revisão no design sonoro poderia alinhar melhor gameplay e imersão.

Agradecemos à Fire Game Studios pelo envio da chave de acesso para review via Steam, possibilitando esta análise.