Phantom Abyss te entrega puzzles frenéticos e desafiadores | Review

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Desenvolvido pela Team WIBY e publicado pela Devolver Digital em 25 de janeiro de 2024, Phantom Abyss é um jogo de plataforma que conta uma história curiosa sobre um grande templo
Entre no Abismo

Como o próprio nome induz, Phantom Abyss vai se tratar de um jogo que tem como temática algo um pouco macabro. Ele conta a história de um templo em que fantasmas ficaram presos ali e precisam, o mais rápido possível, descobrir onde é a saída. 

Só que o curioso é que, ao entrarmos no jogo, nos deparamos com estes fantasmas, dando a impressão de que somos o único ser vivo presente ali. É bizarro como isso foi retratado, já que se trata de um jogo multiplayer assíncrono, o que significa que cada player faz a sua rota no seu tempo, não tendo sincronia com outros. 

Isso implica em vermos estes players o tempo todo, só que em “formato” de fantasma. Podemos ver que caminhos eles seguem, como passam por um puzzle e até como cometem erros, para tomarmos de exemplo e conseguirmos completar as fases mais facilmente.

Assim, passando pelos quebra-cabeças, podemos descobrir mais dessa história, bem aos poucos. A cada vez que passamos por uma fase, temos baús e chaves que abrem portas para os andares seguintes, e nisso há alguns altares que nos contam a história desse templo, com figuras que são importantes para a narrativa.



Abençoado

É apenas dessa forma, e por meio das dicas que podemos acessar, que a história do jogo segue. Mas não é algo tão significativo entendê-la, é interessante sim saber o porquê daquilo tudo, mas com o passar do tempo, surgem tantas dificuldades que essa questão acaba ficando em segundo plano.

Eu diria que a dificuldade desse título é média. No começo, é tudo mais tranquilo porque serve para mostrar os comandos e um pouco do que você verá mais à frente. Portanto, com o progresso das fases, tudo vai se tornando mais difícil.

Quando utilizamos a primeira chave, que dá abertura para o segundo andar do templo, temos que escolher um dos pilares para acessar. Cada pilar dá uma melhoria diferente, seja para nossa primeira arma (um chicote de mil e uma utilidades) ou para nosso personagem, e nosso objetivo é passar por essa nova e sinuosa fase.



A grande dificuldade, para mim, era não me preocupar com os pontos de vida que eu tinha. Sabia que tinha uma nova habilidade (como se fosse um bônus por ter escolhido esse caminho), mas mesmo com ela, era bem difícil passar pelas armadilhas.

Por exemplo, minha primeira escolha foi o pulo duplo, mas o caminho que eu segui tinham armadilhas até no teto. Pense em uma armadilha que ativa apenas quando você passa perto, mas que, ao pular, ela fincasse um espinho que mata seu personagem na hora. Era esse nível de dificuldade que eu tive no começo.

As outras fases, de pilares diferentes, também vão nesse ritmo. Mas é como qualquer jogo de plataforma, quando você pegar o costume vai ficar mais fácil passar por essas emboscadas.

No meio dessas fases, haviam também NPCs fantasmas que ficaram presos no templo e não conseguiram achar a saída. O engraçado é que eles parecem ter consciência disso, e falam com você como se não tivessem morrido, mas sim perdidos.



Eu achei algo até um pouco reconfortante, se for levar em consideração que eu morri e também me tornei um fantasma no meio de tantos outros. E, por falar nisso, é muito difícil não morrer tantas vezes. Seja porque você escorregou ou porque caiu em uma das armadilhas, Phantom Abyss vai ser um daqueles jogos em que você morrerá muito para passar pelas trajetórias mais difíceis.

Não que isso seja algo ruim, porque o jogo possui save automático e em lugares estratégicos. Não é como se fosse um daqueles títulos que você morre sem parar porque não passa de uma única fase, não podendo usar tantas habilidades e macetes para facilitar o processo.

Com isso, existem vários meios que te auxiliam a passar por esse caminho. Você pode fazer oferendas de tesouros para conseguir diversas habilidades durante a sua jornada (que funciona como uma benção dos deuses), mas para isso vai precisar coletar o ouro de baús e vasos que estão espalhados pelos corredores. Assim, terá opções como o salto duplo, cura, deslizamento, escudo contra dano, salto planador e muitas outras.



A arma que possuímos, no entanto, é um chicote. À medida em que progredimos, conseguimos evoluí-lo para adaptar às nossas necessidades. De início, é possível dar dano e usá-lo para agarrar em paredes (como um grappling hook) e subir por elas com o seu auxílio.

Podemos também desbloquear novos chicotes, que contém uma “pequena benção” e uma “pequena maldição”, que pode dificultar todo o processo. Mesmo que haja um elemento que facilite, há um elemento que atrapalhe, podendo te fazer pensar duas vezes antes de usar.

Phantom Abyss te permite muita aventura e desafios, com vários níveis para passar e se arriscar. É um título legal para quem busca um bom jogo de plataforma, para aqueles momentos em que se deseja ser instigado e se divertir.

Aventureiro Fantasma

Phantom Abyss tem um estilo de arte característico que muitos jogos da Devolver têm. Algo que tenta ser alegre e estimulante mesmo que não seja um jogo sobre isso, apenas para focar no gênero de aventura que é bastante presente.

Por mais que seja um título que foque nos quebra-cabeças, esse fator chama bastante atenção. É como em Gunbrella, que possui um cenário mais puxado para o macabro, mas que é extremamente colorido e visual, mostrando que mesmo nesse clima de “fim de mundo” o foco principal pode não ser esse, mas é o que vamos ver a maioria do tempo diante da tela.

Com isso, essa obra utiliza muitas cores e detalhes para construir a arte do jogo. Parece que nada aqui realmente é utilizado como plano de fundo, mas sim um conjunto completo de arte, tudo podendo ser útil para passar de fase.



Os gráficos de som e vídeo me impressionaram muito de forma geral. A câmera do jogador se mexe de um jeito diferente, fazendo parecer que estamos desesperados e com pressa, já que é um movimento bem rápido.

Os sons de fundo, das habilidades, dos personagens e de tudo em volta são bons e bem claros, havendo apenas um pouco de ruído quando acessamos os altares, como se estivéssemos em uma ligação e o sinal fosse cortando aos poucos (aquele barulho típico de chiado). Não sei se foi algo proposto pelos desenvolvedores, porque eram em momentos específicos, mas se sim eu não entendi qual foi o objetivo, porque os próprios deuses têm falas e elas eram expressas nitidamente.

Da mesma forma, o clima do jogo foi bem trabalhado e a escolha da arte, dos sons e das animações foi bem bacana. Gostei bastante de jogar e realmente foi bem divertido, acredito que por terem escolhido bem essa ambientação eu pude me incluir naquele lugar e buscar o objetivo real do jogo.

Levando em conta que o jogo pede como requisitos mínimos 8 GB de RAM, processador Intel Core i5-4670 e placa de vídeo GTX 660 e eu joguei em um PC com 16 GB de RAM, processador Intel Core i5-9400F e placa de vídeo GTX 1050 Ti, não sofri nenhum bug ou glitch, o jogo rodou perfeitamente. 

Agradecemos a Devolver Digital por disponibilizar a chave do jogo para conteúdo.
 
Phantom Abyss te entrega puzzles frenéticos e desafiadores | Review
Nota
86
Excelente

Phantom Abyss te permite muita aventura e desafios, com várias fases para percorrer e se arriscar. Adentre em um templo junto com outros fantasmas e busque recolher relíquias para achar a saída desse temível lugar.

Pontuação

  • Jogabilidade
    90
  • Gráficos
    90
  • Áudio
    80
  • História
    80
  • Controles
    90
Critérios da pontuação
Sobre o autor
Sobre o jogo
Phantom Abyss
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