Anteriormente em Indiana Jones…

Situado entre Os Caçadores da Arca Perdida e A Última Cruzada, Indiana Jones e o Grande Círculo facilmente poderia ser a próxima história do personagem nos cinemas. A trama tem praticamente tudo que um bom filme de ação tem: mistério, exploração, descobertas, reviravoltas, um amor perdido e muita ação, tudo bem encaixado aos moldes da franquia.

Após um começo que já coloca tudo nas nossas mãos sobre quem é Indiana Jones, somos transportados para sua mansão, que foi invadida e teve uns artefatos roubados. Procurando por respostas, o professor parte em uma jornada que não só o coloca para enfrentar fascistas, mas também solucionar alguns enigmas nas pirâmides do Egito e desbravar as montanhas mais congelantes do Himalaia.



Indiana Jones e o Grande Círculo consegue intercalar muito bem os momentos de cutscenes com gameplay, realmente nos deixando bem imersivos à tudo que está sendo contado e até mesmo nos fazendo torcer para que a cena tenha um desfecho específico. E claro que isso tudo fica ainda mais fácil de ser proporcionado graças ao ótimo trabalho de dublagem em PT-BR, ao melhor estilo Sessão da Tarde.

Se você é tão fã de Indy quanto eu, é muito fácil gostar do game logo de cara, Claro que muitos aspectos devem ser levados em consideração para poder dizer que o título é um bom jogo, mas não tem como não ficar feliz com o respeito do estúdio em relação à lore do personagem. Várias figuras marcantes do cinema estão presentes na aventura, como o curador de museus Marcos Brody e até mesmo a jornalista Giuliana.

Fica muito claro que o estúdio Machine Games teve o tempo muito à seu favor para fazer um trabalho de excelência em todos os setores do jogo, mas realmente o enredo da aventura é digno de muitos aplausos. George Lucas e Steven Spielberg certamente estão bem felizes com o resultado, fazendo assim com que uma nova geração conheça Henry Jones Júnior, ou simplesmente Indiana Jones.

Uma escolha polêmica que deu muito certo

Desde o inesperado anúncio do game, até ser revelado sua câmera em primeira pessoa, muitas pessoas ficaram reticentes com a escolha da Machine Games. Tudo bem que Indy é um personagem icônico, mas muitos poderiam o considerar quadrado demais. Mas muito mais do que isso, a visão em primeira pessoa nunca é muito bem vista pelos jogadores. Especialmente quando é um game com elementos de exploração e resolução de quebra-cabeças. E claro, como assim não íamos poder enxergar o herói com todo o seu garbo e elegância?

A verdade é que após os primeiros vídeos detalhando a movimentação de Indy, o modo de combate, entre outras peculiaridades, ficou claro que a escolha de câmera não poderia ter sido mais certeira. Não que surpreenda, mas que já jogou os games da franquia Wolfenstein, já imaginava que o trabalho seria muito bem feito.

De fato, você se sente na pele de Indiana Jones. Seja na utilização do chicote para desarmar inimigos e servir para pular penhascos e subir trechos elevados, seja no combate cadenciado e até mesmo estratégico, já que nosso herói é um historiador, não um combatente, seja para contemplar uma bela paisagem. Nada disso seria possível sem a visão FPS. Mas fique calmo, caro jogador, pois em diversos momentos de gameplay o personagem aparece de corpo inteiro, especialmente para a resolução de quebra-cabeças.



Desbrave om muito estilo

Apesar de não ser um game de mundo aberto, muito pelo contrário, já que os cenários são até lineares, Indiana Jones e o Grande Círculo consegue fazer com que exploremos todos os ambientes, já que seu mecanismo é leve, fluido e condizente com o que é apresentado para ser exp0lorado.

Não pense que Indy é um verdadeiro acrobata de um Cirque du Soleil, mas todos os seus movimentos são muito bem executados, de acordo com o grau de desafio apresentado. E aqui, mais uma vez o chicote é o protagonista, pois é através dele que o personagem consegue pular precipícios e atravessar obstáculos.

Mais uma vez, eu ressalto que a física implantada no game tem um tom perfeito para um momento voltado para a exploração de cenários e muito disso é graças a precisão dos controles, que fazem com que você tenha bastante segurança do que está fazendo.

Um historiador não sabe lutar

Antes de qualquer coisa, você deve saber que Indiana Jones e o Grande Círculo não é um jogo de ação frenética, mas sim um game de exploração, mais voltado até mesmo para um gameplay furtivo. Por isso, tenha muito cuidado com seus movimentos, já que a IA do jogo é bastante justa, no qual os oponentes respondem de forma bastante realista.

Com isso em mente, saiba que o combate aqui mantém a realidade já mencionada anteriormente, onde as lutas podem ser tão brutais, quanto desajeitadas. E não falo isso de forma pejorativa. Mas realmente Indy nunca foi um lutador de arte marcial, nem teve uma movimentação fluida entre socos e defesas de golpes. 

Aqui todo objeto vira arma, como uma pá, um cálice e até mesmo um mata-mosquito, onde cada objeto tem seu peso ao tirar vida do inimigo. É possível usar o chicote para desarmar os oponentes, o que sem dúvida é incrível de fazer, especialmente ao ouvir o som do chicote. O game até oferece armas, mas sem dúvidas que o foco do combate não é esse.



Não querendo passar pano para o combate do game, que certamente é o ponto mais fraco do jogo, mas consigo entender que essa proposta dos desenvolvedores condiz exatamente com o personagem, que nunca teve atributos de um grande gladiador. E venhamos e convenhamos que não faz sentido um professor de história lutar tão bem quanto um soldado treinado, não é mesmo?

Gráficos cinematográficos

Em Indiana Jones e o Grande Círculo podemos contemplar diversas paisagens e ambientes completamente diferentes, o que fazem com que seja muito elogiado o trabalho da Machine Games em criar ambientes encantadores e com muita riqueza.

Desde o museu na mansão de Indy, até as pirâmides do Egito, o game é repleto de detalhes, e que ficam ainda mais em evidência com a exploração dos cenários e resolução dos puzzles, no qual cada objeto recebeu sua devida atenção.

Vale registrar que a análise do jogo foi realizada em um Xbox Series S, que apresentou um desempenho satisfatório, apesar de alguns engasgos ao início de cutscenes pré-gameplay, mas nada que atrapalhe a imersão do título.



Trilha sonora de cinema

Sem dúvida alguma que a trilha sonora de Indiana Jones e o Grande Círculo é a cereja no bolo do game. E confesso que esse era um tópico que me deixava receoso, já que como um grande fã dos filmes estrelados por Harrisson Ford, não queria algo menos que épico.

Posso dizer com tranquilidade que a trilha sonora funciona em cheio com todos os momentos que a jornada propõe. Uma música mais agitada em momentos de ação, algo mais cadenciado na resolução de enigmas, fora os efeitos do game que são um deleite à parte, especialmente com o uso do chicote.

A música de Indiana Jones e Grande Círculo é capaz de colocar você no centro da atenção, assim que o gameplay ou a cutscene acontece. É algo tão brilhante, que faz com que realmente você se questione se isso não é um filme do herói.

Agradecemos a Bethesda por enviar uma chave do jogo e fazer esse conteúdo possível.