O caos na Pérsia

A história de The Rogue Prince of Persia começa com o príncipe, que está bastante determinado a provar seu valor como futuro rei, uma vez que ainda não se tornou. E que adquiriu uma bola mística com poderes excepcionais e lhe dá a habilidade de voltar no tempo quando ele está prestes a morrer.

Os hunos estão nas fronteiras da Pérsia, e o plano de ataque do Príncipe é rejeitado por seu pai, que o vê como muito inexperiente e imprudente. Com a recusa de seu pai, o Príncipe decide defender seu povo por conta própria. Mas, ao chegar ao acampamento dos invasores, que usavam de poderes xamânicos, apesar de uma batalha fervorosa, o exército Persa perde a batalha, que partem para tomar a capital.

O Príncipe, derrotado pelo rei huno Nogai, é resgatado por seu velho mentor Sukhra, que o leva para o oásis escondido fora da cidade capital para tratamento. Uma vez recuperado, o Príncipe imediatamente se dirige à capital e logo percebe que o rei maligno está perdendo o controle de sua magia do mal.

E a partir daí se inicia a gameplay, com o príncipe tentando mais e mais vezes combater as forças inimigas, e a cada fracasso ele aprende com seus erros e retorna ao acampamento, isso é a principal mecânica do jogo, que regride o personagem até o ponto inicial do acampamento toda vez que o jogador morre.

Ao longo do caminho você vai desenrolando mais da história, seja encontrando Npcs que são aliados e amigos do Principe, que possuem diálogos mais complexos e alguns até mecânicas, conhecendo locais ou até mesmo com os inimigos e chefes, que também contribuem com a narrativa.

Os caminhos tempestuosos

As mecânicas do game são bem diversas e variadas, vamos começar falando das mecânicas de movimentação, que são umas das marcas registradas de jogos da franquia prince of persia, e aqui não é diferente, você pode fazer parkour pelos cenários escalando paredes, saltando e subindo em postes, dando wall jumps e muitas outras movimentações que deixam o jogo bem dinâmico.

Durante a gameplay você encontrará algumas salas que o foco é o parkour, onde não há inimigos, mas o cenário vai te punir caso erre, algo bem semelhante com as áreas bônus de jogos mais antigos, como crash bandicoot. E o game conta também hoje com 6 tipos de cenários diferentes, o que certamente aumentará quando sair da fase de early acess.

Falando em biomas, os mapas são gerados aleatoriamente a cada vez que o jogador morre, criando assim um fator replay muito bom e nada repetitivo, uma vez que não há como decorar os caminhos e onde os inimigos estarão posicionados, mas fique tranquilo que existem baús e altares que podem te fornecer itens e armas mais fortes, o que facilita um pouco sua jornada.

Ainda falando sobre os mapas, alguns lugares e Npc’s podem ser encontrados pelo mapa e que servem de auxílio para o jogador, como a Ferreira Astara, que pode melhorar sua arma por um pouco de ouro, ou os altares de sacrifício, onde você troca alguns pontos de vida por uma arma melhor.

O jogo conta também com uma boa variedade de inimigos, cada um com sua peculiaridade de ataque, movimentação e até modo como lidar e posicionamento de cenário, algo que foi muito bem utilizado para gerar mais dificuldade. The Rogue Prince of Persia possui atualmente dois chefes disponíveis para serem enfrentados, mas também é algo que já foi dito haver mais na versão final.

E você possui uma diversidade de armas primarias como adagas, machados, cimitarras e de armas secundárias como arco e flecha, Chakram e alguns outros, totalizando 8 armas no total até o momento. E é bom citar também os artefatos, que aumentam alguns status e dão alguns efeitos para o personagem, como por exemplo aumentar a quantidade de ouro derrubado de algum inimigo, maximizar a cura ou envenenar ao atacar.

A grandeza do mundo Persa

The Rogue prince of persia é um game além de divertido, extremamente bonito. O seu gráfico é meio cartoonizado mas com um estilo bem único, fazendo com que os cenários, ambientes e inimigos sejam bem característicos, trazendo assim sentido para o contraste entre as áreas, onde esses elementos mudam bastante, mas sem perder seu poder estético.

Ainda falando da parte gráfica, algo que me surpreendeu foram as animações. Elas na minha opinião foram algo que roubaram bem a cena na parte gráfica, porque ficaram extremamente bonitas e principalmente fluidas, fazendo com que por mais que o personagem estivesse executando um movimento complexo, não gerasse estranheza.

Agora abordando a parte sonora, a trilha ficou muito boa também, ela consegue imergir e trazer uma trilha que remete a temática árabe, porém sem utilizar daquelas músicas batidas que todos ja conhecemos quando se trata do tema, uma coisa muito positiva e que ao mesmo tempo que retrata tempos antigos passa um ar de modernidade ao game.

Os efeitos sonoros também ficaram muito bons, complementam muito bem as animações e ajudam a criar ainda mais a sensação de algo orgânico, que realmente aconteceu, para as animações de combate e de cenário. Além também da parte que estão presentes em algumas interações do próprio mapa, como os locais de teletransporte que estão presentes nas áreas, ao abrir baús e pegar moedas.

Por todos esses fatores, recomendamos fortemente The Rogue Prince of Persia para todos os fãs do gênero roguelite e também a quem já conhece a franquia e quer um gostinho de algo novo, ainda mais considerando que o jogo está em acesso antecipado e terá muito mais conteúdo em sua versão final.

The Rogue Prince of Persia foi jogado pela plataforma Steam gentilmente fornecido pela Ubisoft.