Born of Bread - A saga de um pãozinho meio assado | Review
há 1 ano - Diego Lourenço
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Loaf e seus amigos partem em uma aventura maluca para proteger o reino e seus habitantes. Mas será que já era hora de tirar esse pãozinho do forno?
Um pãozinho herói ou um herói pãozinho?!
Born of Bread nos coloca no controle de Loaf, um golem de farinha que com as suas habilidades e as dos seus amigos, enfrentará seres de outras eras enquanto explora um mundo colorido e muito charmoso.
Produzido pela WildArts Studios e publicado pela Dear Villagers, o game chegou até nós no dia 5 de dezembro e está disponível para PC, PlayStation 5, Xbox X/S e Switch.

Pão quentinho e uma boa história não faz mal a ninguém
Born of Bread nos coloca em um mundo infantil e cheio de humor, resgatando a essência do bom e velho Paper Mario. Aqui, vemos criaturas dimensionais invadirem o planeta em busca das Sunstone Shards, artefatos de poder que permitem a esses vilões fazerem o que bem entederem. Enquanto partem em sua missão maligna, em outro lugar, bem distante dali, um padeiro acaba dando vida a um pãozinho mais do que especial, o Loaf.
Loaf é um golem de farinha, ou seja, uma criatura senciente capaz de tomar suas próprias decisões e explorar o mundo. Como uma criança, Loaf se percebe em um mundo novo e repleto de aventuras para seguir. Ao lado do seu “pai”, Loaf dá os primeiros passos em sua vida de explorador.
Em determinado momento, ambos são surpreendidos por essa gangue dimensional e são obrigados a enfrentá-los. Mas em uma luta claramente perdida antes mesmo de começar, Loaf e o seu pai são derrotados e lançados para uma floresta distante. Lá, nosso pãozinho herói precisa enfrentar criaturas e desafios enquanto busca por formas de sair daquele lugar.

É nessa busca que ele encontra o seu primeiro parceiro, Lint, um guaxinim nervoso, mas capaz de cavar buracos que geram novos caminhos para seguirmos.
Essa é basicamente a essência narrativa do Born of Bread. Enquanto seguimos para conter essa nova ameaça, descobrimos novos amigos que se juntam ao nosso grupo para aumentar o nosso poder e tornar a caminhada mais divertida.
Com diálogos leves e bem humorados, o game se torna uma experiência agradável, boa para crianças e adultos. Focado especialmente na diversão dos pequenos, o game não nos oferece uma narrativa densa, mas suficientemente agradável para nos manter engajados na história.
Contudo, o excesso de texto e a lentidão de algumas transições quebram o ritmo do game, o que acaba tornando-o enfadonho ao longo do tempo. Aos poucos, paramos de nos importar com a história porque ela atrapalha o ritmo do gameplay. E se há algo que é soberano em um game é o gameplay.

E por falar em gameplay…
A gameplay do Born of bread tá meio crua, para ser honesto. O game conta com recursos interessantes, como um combate por turnos que envolve cartas e minigames/quick-time events, mas ele meio que quebra as expectativas do jogo porque à primeira vista, Born of Bread é um game de ação onde o combate acontece no próprio cenário.
Além disso, Born of Bread apresenta muitas transições de tela e momentos de parada que são mais longos do que deveriam, o que torna o jogo ainda mais perdido em seu ritmo. Enquanto a exploração acontece de forma fluida e intuitiva, o combate e demais interações travam esse ritmo, o que tornou a minha experiência bastante enfadonha.
O game também apresenta um sistema de posicionamento de câmera muito conturbado. Por diversas vezes você deixará de visualizar o cenário porque os seus companheiros de equipe estarão cobrindo a sua visão. Outra vezes, simplesmente não conseguirá enxergar certos lugares porque a câmera não cobre o cenário de forma adequada.
A experiência de jogo também é impactada por menus pouco responsivos e com bugs claros. Por vezes, tentei acessar um determinado item, mas não conseguia selecioná-lo porque o jogo não me mostrava se ele estava disponível para seleção ou se já estava sob o meu controle. Outras vezes, ao tentar utilizar um item de cura ou recuperação de poder, se todos os meus personagens já estivessem com vida ou energia completa, não era possível retornar ao menu para cancelar a ação, o que me manteve preso no jogo, me obrigando a reiniciá-lo sempre que isso acontecia.
Ao jogar com o joystick, uma das habilidades de Loaf, que requer ação com os analógicos, pareceu pouco otimizada.

Gráficos quentinhos
Visualmente falando, Born of Bread é um jogo muito agradável que relembra a experiência de jogar Paper Mario. Colorido e meigo em sua essência, o game constrói uma atmosfera leve e bastante aconchegante, com cenários bem produzidos em um estilo de arte 2.5D.
Os personagens são cativantes e com personalidades agradáveis, ainda que não tão marcantes. Mas acredito que seja difícil de nos conectarmos a eles por conta da narrativa arrastada, o que nos faz, aos poucos, nos importarmos menos com a história.
Loaf é um personagem bastante querido e com potencial para se tornar algo maior do que ele se apresenta atualmente, especialmente por conta das questões de gameplay e narrativas que impedem o personagem de crescer. Sugiro que o game seja reanalisado, especialmente nas questões concernentes ao ritmo do jogo.

A trilha sonora consegue ser agradável e nostálgica, apresentando elementos infantis e originais que permitem o entrosamento do jogador com a ambientação construída. Os efeitos também são agradáveis e complementam bem à experiência do jogo. Apesar de simples, a trilha consegue produzir sentimentos e engajar, o que é fundamental em jogos que apelam, sobretudo, para o público infantil.
Para essa review, Born of Bread foi jogado no PC, através da Steam.
Agradecemos à Dear Villagers por disponibilizar a chave de acesso que fez esse conteúdo ser possível.
Born of Bread nos coloca no controle de Loaf, um golem de farinha que com as suas habilidades e as dos seus amigos, enfrentará seres de outras eras enquanto explora um mundo colorido e muito charmoso.
Produzido pela WildArts Studios e publicado pela Dear Villagers, o game chegou até nós no dia 5 de dezembro e está disponível para PC, PlayStation 5, Xbox X/S e Switch.

Pão quentinho e uma boa história não faz mal a ninguém
Born of Bread nos coloca em um mundo infantil e cheio de humor, resgatando a essência do bom e velho Paper Mario. Aqui, vemos criaturas dimensionais invadirem o planeta em busca das Sunstone Shards, artefatos de poder que permitem a esses vilões fazerem o que bem entederem. Enquanto partem em sua missão maligna, em outro lugar, bem distante dali, um padeiro acaba dando vida a um pãozinho mais do que especial, o Loaf.
Loaf é um golem de farinha, ou seja, uma criatura senciente capaz de tomar suas próprias decisões e explorar o mundo. Como uma criança, Loaf se percebe em um mundo novo e repleto de aventuras para seguir. Ao lado do seu “pai”, Loaf dá os primeiros passos em sua vida de explorador.
Em determinado momento, ambos são surpreendidos por essa gangue dimensional e são obrigados a enfrentá-los. Mas em uma luta claramente perdida antes mesmo de começar, Loaf e o seu pai são derrotados e lançados para uma floresta distante. Lá, nosso pãozinho herói precisa enfrentar criaturas e desafios enquanto busca por formas de sair daquele lugar.

É nessa busca que ele encontra o seu primeiro parceiro, Lint, um guaxinim nervoso, mas capaz de cavar buracos que geram novos caminhos para seguirmos.
Essa é basicamente a essência narrativa do Born of Bread. Enquanto seguimos para conter essa nova ameaça, descobrimos novos amigos que se juntam ao nosso grupo para aumentar o nosso poder e tornar a caminhada mais divertida.
Com diálogos leves e bem humorados, o game se torna uma experiência agradável, boa para crianças e adultos. Focado especialmente na diversão dos pequenos, o game não nos oferece uma narrativa densa, mas suficientemente agradável para nos manter engajados na história.
Contudo, o excesso de texto e a lentidão de algumas transições quebram o ritmo do game, o que acaba tornando-o enfadonho ao longo do tempo. Aos poucos, paramos de nos importar com a história porque ela atrapalha o ritmo do gameplay. E se há algo que é soberano em um game é o gameplay.

E por falar em gameplay…
A gameplay do Born of bread tá meio crua, para ser honesto. O game conta com recursos interessantes, como um combate por turnos que envolve cartas e minigames/quick-time events, mas ele meio que quebra as expectativas do jogo porque à primeira vista, Born of Bread é um game de ação onde o combate acontece no próprio cenário.
Além disso, Born of Bread apresenta muitas transições de tela e momentos de parada que são mais longos do que deveriam, o que torna o jogo ainda mais perdido em seu ritmo. Enquanto a exploração acontece de forma fluida e intuitiva, o combate e demais interações travam esse ritmo, o que tornou a minha experiência bastante enfadonha.
O game também apresenta um sistema de posicionamento de câmera muito conturbado. Por diversas vezes você deixará de visualizar o cenário porque os seus companheiros de equipe estarão cobrindo a sua visão. Outra vezes, simplesmente não conseguirá enxergar certos lugares porque a câmera não cobre o cenário de forma adequada.
A experiência de jogo também é impactada por menus pouco responsivos e com bugs claros. Por vezes, tentei acessar um determinado item, mas não conseguia selecioná-lo porque o jogo não me mostrava se ele estava disponível para seleção ou se já estava sob o meu controle. Outras vezes, ao tentar utilizar um item de cura ou recuperação de poder, se todos os meus personagens já estivessem com vida ou energia completa, não era possível retornar ao menu para cancelar a ação, o que me manteve preso no jogo, me obrigando a reiniciá-lo sempre que isso acontecia.
Ao jogar com o joystick, uma das habilidades de Loaf, que requer ação com os analógicos, pareceu pouco otimizada.

Gráficos quentinhos
Visualmente falando, Born of Bread é um jogo muito agradável que relembra a experiência de jogar Paper Mario. Colorido e meigo em sua essência, o game constrói uma atmosfera leve e bastante aconchegante, com cenários bem produzidos em um estilo de arte 2.5D.
Os personagens são cativantes e com personalidades agradáveis, ainda que não tão marcantes. Mas acredito que seja difícil de nos conectarmos a eles por conta da narrativa arrastada, o que nos faz, aos poucos, nos importarmos menos com a história.
Loaf é um personagem bastante querido e com potencial para se tornar algo maior do que ele se apresenta atualmente, especialmente por conta das questões de gameplay e narrativas que impedem o personagem de crescer. Sugiro que o game seja reanalisado, especialmente nas questões concernentes ao ritmo do jogo.

A trilha sonora consegue ser agradável e nostálgica, apresentando elementos infantis e originais que permitem o entrosamento do jogador com a ambientação construída. Os efeitos também são agradáveis e complementam bem à experiência do jogo. Apesar de simples, a trilha consegue produzir sentimentos e engajar, o que é fundamental em jogos que apelam, sobretudo, para o público infantil.
Para essa review, Born of Bread foi jogado no PC, através da Steam.
Agradecemos à Dear Villagers por disponibilizar a chave de acesso que fez esse conteúdo ser possível.
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Nota
Critérios da pontuação
Sobre o jogo
Born of Bread
- Data de lançamento: 5 de dezembro de 2023
- Desenvolvedora(s):
- Publicadora(s):
- Modo(s) de Jogo: Single player
- Plataforma(s): PC (Microsoft Windows)
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