The Witcher 4 tem estreia mediana

A quarta temporada de The Witcher, que estreia 30 de outubro na Netflix, é avaliada como "boa, mas não ótima". A temporada, uma das mais esperadas devido à troca de protagonista, mantém a série como uma aventura de fantasia funcional com ação crível e personagens convincentes. A Temporada 4 se mostra melhor que a Temporada 3, mas ainda não atinge um nível excelente.

O ponto de crítica mais forte é que a Temporada 4 é a mais simples até agora, com uma conclusão desajeitada que não funciona como um final de temporada apropriado, parecendo a primeira parte de uma temporada final dupla. A Temporada 4 adapta o terceiro livro da saga Witcher de Andrzej Sapkowski, Baptism of Fire, com ajustes. A Netflix também optou por filmar esta temporada junto com a quinta e última, o que pode ter contribuído para a sensação de história incompleta. A ameaça da Wild Hunt está totalmente ausente neste ano.

A temporada é dividida em três arcos separados, seguindo o trio principal: Geralt, Yennefer e Ciri, que mal se cruzam. O arco de Geralt é o que oferece a melhor "pausa" para a troca de ator.

Geralt de Rivia: O Geralt está ferido e percorre o Continente devastado pela guerra em busca de Ciri. Sua trama amontoa um grupo de aliados antigos e novos (hansa), incluindo Jaskier (Joey Batey), Milva (Meng'er Zhang), Zoltan (Danny Woodburn), Percival (Linden Porco), o retorno de Yarpen (Jeremy Crawford) e Cahir (Eamon Farren), e o vampiro Regis (Laurence Fishburne).

Yennefer: Tem a melhor e mais direta aventura da temporada. Ela se concentra em recrutar bruxas para formar um exército e derrotar Vilgefortz. Sua jornada culmina na Batalha de Montecalvo, a melhor sequência de ação mágica da temporada.

Ciri: Possui a trama mais bagunçada em uma aventura desequilibrada com "os Rats" (Os Ratos), um grupo de ladrões. O vai e volta entre "eles rejeitando Ciri/Ciri rejeitando eles" se torna cansativo. A trama da Ciri, que agora se chama Falka, é a mais fraca, embora apresente um novo vilão promissor, o caçador de recompensas Leo Bonhart (Sharlto Copley).

A performance de Liam Hemsworth (que substitui Henry Cavill como Geralt de Rivia) é aceitável, mas exige tempo de adaptação para o público. A série utiliza uma jogada na integração de Hemsworth à mitologia da série. A história de Geralt no Baptism of Fire é o melhor momento para a troca, pois o Geralt está ferido, formando novas relações e se tornando uma nova versão de si mesmo.

A Temporada 4 de The Witcher tem mais acertos que erros, mas sua natureza incompleta e o arco fraco de Ciri a impedem de ser um grande sucesso. A Yennefer tem o melhor desenvolvimento e a melhor cena de ação (Batalha de Montecalvo). A Netflix continua com um modelo de negócios que prejudica o conceito de TV episódica.