RE Engine supera limites: Resident Evil Requiem roda na Switch 2

Os novos recursos gráficos e de desempenho para a versão PC de Resident Evil Requiem foram confirmados pela Capcom, incluindo suporte para DLSS 4 da NVIDIA, geração de múltiplos fotogramas e path tracing. Embora esses recursos premium confirmem a capacidade técnica do RE Engine, a verdadeira surpresa da Tokyo Game Show 2025 foi a demonstração do mesmo título rodando perfeitamente na Switch 2—uma consola que notoriamente "não é sinónimo de potência bruta."

A Capcom deixou claro que a versão de PC de Resident Evil Requiem será a referência técnica, ostentando recursos de ponta como o DLSS 4 da NVIDIA e, notavelmente, a inclusão do path tracing para iluminação avançada. Essas adições, que maximizam o desempenho e a fidelidade visual, sublinham o fosso técnico que o software triple-A moderno precisa superar para chegar a sistemas mais modestos, como a Switch 2. O sucesso de otimização é medido contra a excelência demonstrada no PC.

A demonstração ao vivo de Resident Evil Requiem na Switch 2 na Tokyo Game Show 2025 chocou a indústria. A performance do jogo, rodando perfeitamente e "sem quaisquer erros," desmentiu o ceticismo inicial da própria equipe de desenvolvimento. O público na feira teve a oportunidade de testar o jogo tanto na nova consola da Nintendo quanto em computadores portáteis, permitindo uma comparação direta que validou a otimização da Capcom para o hardware da Nintendo.

O segredo por trás do feito, de acordo com o diretor Koshi Nakanishi, está na fundação do motor gráfico proprietário da empresa.

Koshi Nakanishi disse que "o segredo está no RE Engine, o motor gráfico que a Capcom usa há anos. O RE Engine foi construído para se adaptar tanto a máquinas mais potentes como a sistemas mais modestos. É essa elasticidade que permitiu que o jogo funcionasse tão bem na Switch 2."

A capacidade de adaptação do RE Engine permitiu um desenvolvimento altamente escalável, um fator crucial para o sucesso em plataformas com restrições de hardware como a Switch 2.

O produtor Masato Kumazawa e a equipe técnica confirmaram que essa otimização foi uma estratégia de design desde o início.

Para começar, este jogo foi criado para ser bastante escalável. Desenvolvemo-lo ajustando várias opções para que fosse compatível com uma ampla gama de especificações, desde as mais altas até as relativamente baixas, para que a Switch 2 pudesse ser otimizada para se adequar às especificações com bastante facilidade. Nós não tentámos impor algo feito para um alto desempenho a correr mais lentamente, mas assumimos antecipadamente uma variedade de condições de especificações. Até nós ficámos surpreendidos quando vimos pela primeira vez como corria bem. Acho que foi graças ao trabalho árduo da equipa de engenharia que correu tão bem.

Essa abordagem, que evitou a tentativa de impor assets de alto desempenho em hardware mais fraco, resultou em uma performance que superou as expectativas internas da própria Capcom.

O sucesso da otimização de Resident Evil Requiem na Switch 2 é uma notícia significativa para a indústria como um todo. A demonstração na Tokyo Game Show 2025 fornece um precedente valioso: se um jogo com a complexidade visual e técnica de um Resident Evil pode ser executado sem problemas na nova consola da Nintendo, há uma forte possibilidade de que outros grandes jogos baseados em motores gráficos semelhantes possam chegar à plataforma sem a perda de qualidade frequentemente associada aos ports para hardware mais limitado.

A Capcom e o RE Engine demonstraram um marco técnico na Tokyo Game Show 2025 ao rodar Resident Evil Requiem perfeitamente na Switch 2, validando o design escalável do motor. O feito, que surpreendeu até mesmo os desenvolvedores, sugere um futuro promissor para a biblioteca da Switch 2, apesar do contraste de recursos de ponta, como DLSS 4 da NVIDIA e path tracing, estarem limitados à versão PC.