Qual exatamente é a diferença entre os jogos da trilogia: Watch Dogs?

Se você chegou a prestar muita atenção, a uns meses atrás alguns rumores saíram sobre a saga Watch Dogs, eles não eram nenhum pouco bons, já que diziam que a saga estava morta para a Ubisoft, depois do fracasso do terceiro jogo: Watch Dogs Legion.

Bom, porque será que essa saga morreu? Por culpa dos jogadores que não aproveitaram tão bem o jogo, ou por que a Ubisoft deixou o mundo do game cada vez mais vazio, logo depois de ter feito um dos mundos mais vivos dos games?

Bom, é óbvio que é da Ubisoft, pois os jogos dela tem seguido a mesma fórmula a tempos, e isso é muito desanimador, já que eles tem parado de dar tanta atenção para a história do game e para as novidades que o jogo te dá no caminho.

Hoje eu vou começar uma das minhas primeiras discussões aqui… “Qual exatamente a diferença (entre alguns jogos ou franquias)?” Espero fazer isso pelo menos uma vez por semana tentando dissecar ao máximo o que eu sei sobre vídeo games, ou pelo menos os que eu joguei!

E uma das coisas que coça a minha cabeça é se a Ubisoft já fez uma pesquisa de mercado e olhou bem para os jogos que ela está deixando para trás quando ignora o sucesso do primeiro Watch Dogs e o potencial do segundo.

Eles começaram falando sobre um hacker obscure, um justiceiro que cuida da cidade e que ao mesmo tempo quer resolver uma vingança inacabada por uma tragédia horrível que ele mesmo levou para sua família.

No segundo eles se aprofundaram no jovem negro e hacker, que é fichado pelo sistema CtOS, que está revoltado e quando mais ele se afunda para tirar seus registros daquele sistema, mais ele percebe a corrupção e entra para o grupo de hackers do dedsec, agora tendo um grupo de adolescentes salvando o mundo.

No terceiro você não tem um foco, no terceiro você é a DedSec e isso é muita falta de criatividade. Tipo no segundo eu conseguia levar como se fosse um filme que passa na tarde do domingo em uma televisão, mesmo que seja bobinho imaginar que adolescentes estão lidando com corporações gigantes, se você desligar o seu cérebro, até que vai valer a pena e você vai pelo menos dar risada com as merdas que o marcos fala e a forma que a equipe interage entre eles, já que as relações entre o grupo é o que importa.

Ou vai me dizer que você no seu escritório, ou firma, ou qualquer trabalho, não se diverte quando está trocando ideia com seus colegas? Pode ser um fardo se esforçar o dia todo, mas quando tem alguém pra rir um pouquinho, já faz o tempo passar.

Mas esse não é nem o ponto aqui, Watch Dogs 2 não é chato, na verdade ele corrige muitos problemas que o primeiro tinha de performance, se ele fosse um filme, aí sim seria chato, porque a interação é o que da magia para um jogo, porque se você for olhar para uma boa parte dos jogos com campanha, pelo menos até a parte final da geração PlayStation 3 e Xbox 360, que antes as histórias não eram muito bem feitas e na maioria das vezes bastava porque a gameplay te deixava interessado para saber o que vem depois.

E se você tiver uma ideia do que está fazendo e pelo que está lutando, é melhor ainda. Eu joguei GTA San Andreas inteiro sem saber a merda que tava acontecendo no fundo, pra mim eu só achava que era de uma gangue.

Watch dogs 1 e 2 mostraram isso melhor pra mim, já que eu não cheguei a jogar The Last Of Us, ou qualquer outro game que seja grande.

A maior diferença entre o primeiro e o segundo é a narrativa e a gameplay, porque isso torna o game com sua própria imagem, os layouts do Aiden sendo todos escuros enquanto os do Marcos são coloridos e ele literalmente usa o google maps para se localizar dentro do jogo.

O Marcos é um cara animadíssimo, até a forma que ele interage com o Jordi(chinês assassino de aluguel do primeiro jogo) é diferente. O Aiden não fica preocupado, o Marcos sim e isso já é uma forma de mostrar a diferença e o modo que cada um desses personagens trabalha.

O maior erro de Watch Dogs 2 é não aprofundar a história na família do Marcos, ou até mesmo nos sentimentos de cada um, já que no meio da campanha um colega importante morre e os personagens não expressam sentimentos tão fácil, só em momentos específicos e a memória do parceiro vira apenas uma camisa que ninguém fala mais nada sobre.

Já com o Aiden, tudo é muito bem cuidado, porque quando alguém morre por sua culpa, ou por um motivo que agrupa várias pessoas, isso com certeza causaria um trauma no grupo, já que no segundo jogo nunca é preciso que você mate todos de verdade, você pode sim fechar o jogo sem matar ninguém. Se eles seguissem esse código de moral, obviamente seria o certo eles levarem a alma do colega até o fim, igualmente como Aiden faz.

A história é a parte mais complicada de um jogo para o outro, já que Aiden tem mais possibilidade de que você queira abraçar e dizer “po, cê fez merda, mas você vai dar um jeito nisso!” Já com o Marcos você sempre vê ele alto astral e isso é bom, mas ainda faz falta ver um pouco de drama vindo do personagem, que é o que Aiden sempre consegue.

E essas diferenças que existem do primeiro jogo para o segundo, são as diferenças que não existem entre os personagens de Watch Dogs Legion, que desiste de criar uma interação, no final não faz diferença o que ou quem eles são além do gameplay. Dentro da história eles repetem a mesma linha de código e não importa muito para o game criar uma diferença, já que mesmo que você zere o jogo e comece tudo de novo, os diálogos vão ser os mesmos, mesmo que você inicie já com um super hacker ou um personagem que não sabe de nada sobre hackear.

Essa falta de diferença e de uma relação variável era o que precisava existir no jogo, que o resto estaria ganho, mas o que vem são vozes distorcidas e personagens estranhos que nem mesmo mudam o diálogo, isso se forem importantes para a história, ou sejam alguém que você precisa recrutar.

De qualquer forma, a diferença entre os dois primeiros jogos é grande, mas a diferença entre eles o terceiro é bem maior e péssima para Legion!