Druckmann confirma: cura era possível em The Last of Us

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A polêmica em torno do desfecho de The Last of Us voltou à tona após declarações recentes de Neil Druckmann, copresidente da Naughty Dog e cocriador do universo da franquia. Durante sua participação no podcast Sacred Symbols, Druckmann deixou claro que a intenção narrativa sempre foi mostrar que os Pirilampos tinham sim capacidade de desenvolver uma cura a partir de Ellie, encerrando anos de debate entre os fãs sobre a veracidade científica dessa possibilidade.

Os Pirilampos conseguiam fazer uma cura? A nossa intenção é que sim, conseguiam. Agora, a nossa ciência é inconsistente e as pessoas estão a questioná-la? Sim, é inconsistente e agora as pessoas estão a questionar isso. Não posso dizer nada. Tudo o que posso dizer é que a nossa intenção é que teriam criado uma cura,” disse Druckmann.


A fala reforça que o dilema no final do jogo — quando Joel impede a cirurgia que poderia matar Ellie, mas salvar a humanidade — foi concebido para provocar uma reflexão ética profunda, e não para gerar dúvidas técnicas sobre os protocolos médicos dos Pirilampos.

Isto cria uma questão filosófica muito mais interessante para o que o Joel faz,” complementou o diretor.


Desde seu lançamento em 2013, The Last of Us tem sido debatido não apenas pelo seu roteiro, mas pela forma como representa moralidade, sacrifício e amor paternal. O argumento de que os Pirilampos não teriam a capacidade tecnológica ou científica para desenvolver uma cura sempre foi usado por quem defende as ações de Joel — uma interpretação que agora se mostra, segundo Druckmann, fora do escopo pretendido pela narrativa original.

Além da discussão sobre a cura, Druckmann também comentou as diferenças entre a série da HBO e os jogos. Segundo ele, certas mudanças foram inevitáveis devido às particularidades do formato televisivo e ao ritmo de consumo de episódios, algo que tem gerado divisões entre fãs puristas e os que apoiam as adaptações criativas.

São decisões criativas tomadas tendo em conta o quanto as pessoas teriam de esperar para ver algumas cenas,” explicou.


Vale lembrar que a série teve forte adesão de público e crítica em 2023, com diversas indicações a prêmios e a confirmação da segunda temporada, que adaptará os eventos de The Last of Us Part II, lançado originalmente em 2020. A produção da nova temporada está em andamento, com previsão de estreia para 2025.

A fala de Druckmann resgata a intenção original da história e encerra, ao menos oficialmente, uma das discussões mais recorrentes da última década entre os fãs da franquia. Ainda assim, não deve apaziguar o debate filosófico mais profundo — e, como o próprio criador indicou, esse sempre foi o verdadeiro foco da narrativa.

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MGN
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The Last of Us
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