Diretor de Kingdom Come Deliverance 2 quer IA para acelerar criação de jogos

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Daniel Vávra fala sobre o desgaste da indústria e como pretende usar a tecnologia a seu favor

O peso da indústria de games não perdoa, e nem nomes de peso escapam. Daniel Vávra, diretor de Kingdom Come Deliverance 2, abriu o jogo sobre a pressão intensa que sofreu para finalizar o desenvolvimento do título, revelando inclusive que enfrentou problemas de saúde durante o processo. Agora, ele busca uma nova aliada para o futuro: a inteligência artificial.

Em entrevista ao The Game Business, Vávra foi direto ao ponto: "A pressão para finalizar o jogo me causou problemas sérios de saúde. Preciso desacelerar um pouco", afirmou. Mas desacelerar não significa parar: o diretor deixou claro que quer usar IA para otimizar o desenvolvimento, não para substituir suas equipes.
"Me irrita o fato dos jogos levarem tanto tempo para ficarem prontos, porque tenho mais ideias do que tempo disponível", desabafou Vávra. Para ele, a tecnologia é uma ferramenta que pode automatizar tarefas repetitivas e liberar mais espaço para a criatividade — algo vital para quem já tem novos projetos em mente.

Kingdom Come Deliverance 2, lançado em 2025 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC, consolidou ainda mais o nome da Warhorse Studios como um estúdio que aposta em realismo histórico e narrativas densas. O jogo foi amplamente elogiado pela crítica, não só pela sua fidelidade à história medieval, mas também pelo avanço técnico em relação ao primeiro título da série, lançado em 2018.

Mesmo com o sucesso recente, Vávra não esconde sua ambição: "São projetos que exigem muito tempo e preparação. Mas acredito que têm o mesmo potencial do que fizemos até agora", comentou, deixando no ar que já vislumbra novas aventuras do nível de Kingdom Come.

O debate sobre o uso de IA na indústria dos games é cada vez mais quente. De um lado, há quem tema a substituição de artistas e roteiristas. Do outro, criadores como Vávra enxergam na tecnologia uma chance de equilibrar criatividade e qualidade de vida. Em tempos em que os ciclos de produção estão mais longos e exigentes — vide casos recentes como o adiamento de The Witcher 4 e a reestruturação na Ubisoft —, buscar novos caminhos parece inevitável.

Se a promessa se confirmar, o futuro dos RPGs realistas poderá ser moldado tanto pela visão criativa de veteranos quanto pela precisão das máquinas. Resta saber se essa parceria homem-máquina entregará experiências ainda mais memoráveis sem sacrificar quem está por trás das telas.

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MGN
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Ich bin Mundo Gamer
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Kingdom Come: Deliverance
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