Crise em Destiny 2: Bungie silencia e Steam ignora regras para reembolsar

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Uma falha na comunicação por parte da Bungie em relação a um bloqueio de região em Destiny 2 levou a uma enxurrada de críticas negativas e forçou a Valve, dona do Steam, a intervir diretamente. Em uma ação que viola suas próprias políticas, o Steam está emitindo reembolsos para jogadores afetados, incluindo aqueles com milhares de horas de jogo. A situação, que já dura mais de uma semana, afeta jogadores na Rússia, Belarus e Cazaquistão.

A principal causa da insatisfação é o bloqueio repentino, que se manifesta com o código de erro TAPIR, indicando uma restrição de acesso que, segundo a Bungie, é devido a "restrições legais." A única resposta oficial da equipe em seus fóruns foi a declaração vaga: "Os serviços do Destiny não estão disponíveis onde o acesso é restrito por lei." Essa falta de clareza, combinada com relatos de que contas criadas nas regiões mencionadas estão sendo banidas por tentar usar workarounds, como VPNs, levou a uma reação severa. A pontuação de Destiny 2 no Steam despencou de um 'mostly positive' (78%) para 'mostly negative' nos últimos 30 dias, com apenas 32% de avaliações positivas no período. Nas avaliações em russo, o jogo atingiu o status de 'overwhelmingly negative' neste mês, com míseros 9% de positividade.

A comunidade busca respostas e soluções. Um jogador recorreu ao blog da Bungie para expressar a necessidade de transparência, solicitando que "a equipe da Bungie forneça um comentário mais detalhado sobre esta situação." Sem uma explicação oficial sobre qual lei está sendo citada ou se há uma solução técnica iminente, os jogadores têm recorrido a métodos não sancionados para acessar o jogo. No PC, isso inclui o uso de uma VPN apenas para a fase de login, enquanto no Xbox a alteração do servidor DNS funciona; no entanto, contas PSN registradas na Rússia não têm nenhuma solução conhecida.

Diante do colapso da comunicação do desenvolvedor e da perda de acesso aos produtos adquiridos, a Valve decidiu intervir. Jogadores afetados que solicitaram reembolso do DLC de Destiny 2 no Steam estão tendo seus pedidos atendidos, mesmo que tenham ultrapassado o limite padrão de duas horas de jogo. Um jogador, por exemplo, demonstrou à The Game Post que recebeu um reembolso pela Ultimate Edition e vários DLCs após explicar a situação, apesar de ter mais de 2.000 horas de jogo registradas.

Embora existam múltiplos casos de reembolsos concedidos, o processo ainda não é garantido para todos. A ambiguidade sugere que o sucesso de cada solicitação pode depender do revisor individual que a processa, o que cria uma camada de incerteza para o consumidor. A única maneira de a Bungie reverter essa situação e mitigar o dano de reputação, especialmente com jogadores hardcore que investiram milhares de horas, é emitir uma declaração construtiva e imediata, encerrando a crise de comunicação. O veículo PCGamesN confirmou ter procurado a Bungie para obter comentários sobre a situação.

A intervenção direta do Steam, violando sua própria política para proteger os consumidores de Destiny 2 contra o bloqueio de região, é um precedente notável no cenário de distribuição digital. No entanto, a crise de confiança gerada pela falta de comunicação da Bungie sobre a restrição de acesso na Rússia, Belarus e Cazaquistão permanece como o principal desafio do estúdio.

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MGN
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