Criadores de Shadow of the Colossus Afirmam: Gráficos São Mais o Foco Principal

Fumito Ueda, a mente brilhante por trás de clássicos como Ico e Shadow of the Colossus, e Keita Takahashi, o icônico criador de Katamari Damacy, concordam que a obsessão por gráficos realistas na indústria de jogos perdeu sua relevância para os jogadores. Em uma entrevista ao Denfaminicogamer, traduzida para o inglês e compartilhada no Reddit, os lendários desenvolvedores apontaram a popularidade de Roblox como prova de que a estética low-fi e a jogabilidade são mais importantes do que a fidelidade visual.

Os lendários Fumito Ueda e Keita Takahashi acreditam que a popularidade de Roblox prova que a prioridade dos jogadores não são mais os gráficos, mas sim a jogabilidade e a experiência.

Keita Takahashi destacou a popularidade de Roblox entre as crianças, que parecem não se importar com seus gráficos blocados e de baixa fidelidade. Com milhões de usuários ativos diariamente (mais de 88 milhões em Q3 de 2024), Roblox demonstra que o apelo de um jogo pode vir de sua acessibilidade, criatividade e aspectos sociais, e não necessariamente de gráficos de ponta. Ueda, por sua vez, complementou que estamos além da era em que cada folha de grama individualmente renderizada era um ponto de venda para os gamers.

Ueda aprofundou a discussão, explicando que desenvolvedores de sua geração cresceram em uma era onde a tecnologia dos jogos estava em constante evolução – de sprites maiores a 3D e depois a HD. No entanto, ele argumenta que houve um platô nesse avanço gráfico. Agora, os desenvolvedores precisam focar em impressionar os jogadores de outras maneiras, direcionando recursos para o "coração" do jogo: sua jogabilidade, narrativa e inovação.

A obsessão da indústria AAA por gráficos "fotorrealistas" criou um desafio significativo. Jogos como The Last of Us Part 2 custaram US$220 milhões para serem produzidos, e Marvel's Spider-Man 2 teve um custo de US$300 milhões. Esses valores são considerados por muitos como insustentáveis. A crítica de Ueda e Takahashi ressoa com a ideia de que esses recursos poderiam ser melhor investidos em tornar algo "interessante" em vez de renderizar cada poro individual no rosto de um personagem.