CEO de Lords of the Fallen diz que criar jogos para "audiência moderna" é caminho para extinção

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Após a chegada da versão 2.0 de Lords of the Fallen em abril de 2024, que segundo o próprio estúdio teve impacto direto nas vendas, o CEO da CI Games, Marek Tyminski, voltou a se posicionar de forma crítica sobre direções adotadas por parte da indústria. Em postagem recente na rede X (antigo Twitter), ele reiterou sua oposição a desenvolver jogos com foco nas chamadas “audiências modernas”, termo geralmente associado a pautas de inclusão, diversidade e equidade (DEI).

“A ‘audiência moderna’ é um mito falso. Os dados provam isso agora. Criar jogos para eles é o caminho para a extinção.”

A fala de Tyminski se insere em um histórico de críticas da CI Games e da Hexworks (subdivisão responsável pelo desenvolvimento de Lords of the Fallen) à adoção de estratégias centradas em DEI no design e narrativa dos jogos. Embora não tenha apresentado dados ou exemplos específicos que sustentem sua afirmação, o executivo tem reforçado que sua empresa seguirá um caminho próprio, voltado à experiência de gameplay tradicional e “focada em fãs reais”.

O lançamento da atualização 2.0 do jogo trouxe melhorias técnicas significativas, incluindo balanceamento de combate, refinamento de IA, redução de bugs críticos e revisão de sistemas de progressão, sendo considerada pela comunidade uma das versões mais estáveis desde o lançamento do título em 13 de outubro de 2023.

Apesar da recepção inicial mista, Lords of the Fallen teve picos de mais de 100 mil jogadores simultâneos no Steam durante o mês de lançamento e vendeu cerca de 1 milhão de cópias nas primeiras semanas. O estúdio também já confirmou que novos conteúdos estão em desenvolvimento.

A declaração de Tyminski segue uma tendência de executivos que adotam discurso contrário ao foco em representatividade e inclusão como diretrizes centrais do desenvolvimento, o que já gerou polêmica com outras figuras do setor em anos anteriores — como nas declarações da CEO da Tripwire Interactive, que em 2022 também afirmou que “jogos precisam entreter, não educar”.

O posicionamento do CEO reforça o direcionamento estratégico da CI Games e levanta novamente o debate sobre quais audiências a indústria deve priorizar — e quais são os custos de se ignorar ou acolher mudanças culturais dentro do mercado de jogos.

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MGN
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