Campanha "Stop Killing Games" Ganha Apoio no Parlamento Europeu

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A campanha "Stop Killing Games", que visa combater o encerramento de jogos digitais e o desligamento de servidores online, recebeu um apoio significativo no Parlamento Europeu. A iniciativa, que ganhou força com a adesão da deputada francesa Manon Aubry e do seu partido La France Insoumise, busca pressionar legisladores a criar regras que garantam a longevidade dos jogos digitais e o acesso contínuo dos consumidores aos produtos pelos quais pagaram. Este movimento é um passo importante para a defesa dos direitos dos jogadores e a preservação da história dos videogames.

O apoio político à campanha "Stop Killing Games" no Parlamento Europeu marca um avanço crucial na luta pela preservação de jogos digitais e pelos direitos do consumidor.

A campanha "Stop Killing Games" surge como uma resposta direta à crescente tendência de publicadoras encerrarem jogos digitais e desligarem seus servidores online, tornando-os injogáveis. Essa prática afeta diretamente os consumidores que compraram esses títulos e levanta questões sobre a propriedade de bens digitais. Jogos como Need for Speed Rivals, que terá seus servidores encerrados pela EA em 31 de agosto de 2025, são exemplos recentes dessa realidade.

A deputada Manon Aubry e seu partido La France Insoumise anunciaram seu apoio à campanha, destacando a necessidade de "novas regras" para proteger os jogos digitais, que são considerados "arte e herança". Eles argumentam que as empresas não deveriam ter o poder de "destruir obras culturais", uma vez que os jogadores as adquiriram. A declaração reforça o aspecto cultural e histórico dos videogames, equiparando-os a outras formas de arte que são protegidas por leis de preservação.

"Os jogos eletrônicos são obras de arte e um património que devemos preservar para as gerações futuras. Não podemos deixar que as empresas decidam destruir obras culturais que os jogadores compraram", afirmou a deputada.


A discussão sobre a preservação de jogos digitais ganhou mais visibilidade nos últimos anos, à medida que muitos títulos se tornam inacessíveis devido ao encerramento de servidores, o que impacta diretamente a jogabilidade e a capacidade de acesso a conteúdos comprados.

O apoio político no Parlamento Europeu à campanha "Stop Killing Games" pode ter sérias implicações para a indústria de videogames. Se leis forem implementadas para regular o encerramento de jogos e servidores, as publicadoras podem ser obrigadas a adotar modelos de negócio diferentes ou a fornecer métodos alternativos de acesso a jogos após o desligamento dos servidores, como a disponibilização de versões offline completas ou a entrega de códigos-fonte para a comunidade.

Empresas como a Microsoft, que recentemente fechou estúdios e cancelou jogos, e a Sony, que também tem enfrentado desafios com seus projetos live service, seriam diretamente afetadas por essa legislação. A pressão por rentabilidade e a reestruturação de portfólios, que levam ao cancelamento de jogos, como os mais de 17 títulos já descontinuados em 2025, podem ser mitigadas ou pelo menos reguladas.

A campanha "Stop Killing Games" levanta um debate crucial sobre a responsabilidade das empresas de manter os produtos digitais disponíveis e a necessidade de proteção ao consumidor no ambiente digital. O resultado dessas discussões no Parlamento Europeu pode moldar o futuro da forma como os jogos são desenvolvidos, distribuídos e preservados.

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MGN
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